O descarte de entulho e entrega de lixo reciclável aos órgãos da Prefeitura não é tão simples como parece para muitos moradores. A começar pelos locais em que o material deverá ser depositado, e depois, pelo tipo de objeto a ser dispensado. Raquel de Souza, por exemplo, que mora na Rua Serra de Bragança, próximo à Rua Antonio de Barros, no Tatuapé, não vê vantagem em ir até Ecopontos localizados na Avenida Aricanduva ou na Avenida Salim Farah Maluf.
O QUE FAZER?
Ela também tem dúvidas com relação aos tipos de vidros, móveis e eletrodomésticos a serem entregues. “Na única vez em que usei o serviço de cata-bagulho tive de perguntar aos funcionários da Prefeitura qual material eles poderiam levar. Infelizmente, a qualidade da informação oficial ainda é falha, principalmente para quem não tem acesso à Internet”, ressaltou.
DISTÂNCIA
Raquel também levantou a questão relacionada à distância dos Ecopontos. Segundo a moradora, a pessoa é obrigada a ter um veículo ou pagar alguém para levar o material, pois não há como carregar aos poucos até os endereços apresentados. “Com isso, muitos moradores acabam deixando objetos na própria calçada ou pedem para ‘carroceiros’ levarem, sem ter a certeza do que será feito”, completou.
LOTAÇÃO
Por enquanto há poucos Ecopontos espalhados pela cidade em comparação ao número de pessoas necessitadas do serviço. Invariavelmente, os locais ficam lotados e, em alguns momentos, o serviço é suspenso em determinados endereços para que a Prefeitura recolha o material existente. Mesmo assim, funcionários indicam espaços próximos.
O QUE NÃO PODE
Com o objetivo de sanar algumas dificuldades, esta Gazeta procurou o Ecoponto existente na Salim Farah Maluf. No local, foi possível conseguir as seguintes informações: não é permitido entregar espelhos, vidros de janelas, lâmpadas, ampolas de remédio, celofane, espuma, fraldas descartáveis, pilhas normais e alcalinas, filtros de ar, papel higiênico, guardanapo com comida, papel laminado ou plastificado e carbono.
O QUE PODE
Por outro lado, a Prefeitura autoriza que as pessoas levem: para a sessão de vidros – copos, garrafas, potes, frascos de remédio, perfume e desinfetantes. Na área de plásticos se permite entregar garrafas pet, potes, embalagens de xampu, detergente, álcool e água, tampas e sacos. No campo do metal é permitido deixar latas e tampas de refrigerantes e cerveja, arames, grampos, fios, pregos, marmitex, alumínio e cobre. Por último, com relação aos papéis, aceitam-se jornais, revistas, caixas e embalagens de papelão (sempre rasgados e dobrados).
NÃO RECICLÁVEIS
Além dos recicláveis, as pessoas podem levar móveis velhos, madeiras, restos de poda, entre outros. O local não recebe lixo domiciliar (orgânico) e nem lixo hospitalar. Os materiais recebidos pelo Ecoponto são destinados a aterro de inertes, aterro sanitário e cooperativas. No caso do entulho, citado anteriormente, a Prefeitura não o retira.
LOCAIS
Os Ecopontos que podem beneficiar os moradores do Tatuapé estão na Avenida Aricanduva, em frente à Praça Lucia Mekhitarian (Prefeitura Regional Aricanduva/Formosa/Carrão); Rua Astarte, esquina com a Avenida Aricanduva (Prefeitura Regional Aricanduva/Formosa/Carrão) e Avenida Salim Farah Maluf, 179 (Prefeitura Regional Mooca).
Eles funcionam de segunda a sábado, das 6 às 22 horas, e aos domingos e feriados, das 6 às 18 horas. Mais informações também podem ser obtidas no telefone 0800-7777-156. Conforme a Prefeitura, mais espaços estão sendo criados e a periodicidade do serviço de cata-bagulho está sendo aumentada.
CONTROLE
Com o objetivo de agilizar a troca de informações com as empresas e coibir os descartes irregulares de restos da construção civil nos pontos viciados, a Prefeitura implantou o Controle de Transporte de Resíduos (CTR) Eletrônico.
Por meio desse documento, que o transportador precisará portar obrigatoriamente, o caminhão ou caçamba poderá ser rastreado pelo município desde o ponto gerador, como uma obra, até a sua unidade de destinação, como aterros, áreas de transbordo e triagem ou de reciclagem.