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Moradores e comerciantes que vivem ou trabalham em prédios, casas e negócios ao redor do Largo Nossa Senhora do Bom Parto, no Tatuapé, solicitam ajuda da Subprefeitura Mooca e da SMADS.
VULNERABILIDADE
De acordo com eles, vários barracos voltados à moradia de pessoas em situação de vulnerabilidade foram construídos ou instalados no largo. Conforme Patrícia de Souza, apesar de existir um problema social na cidade, e que, consequentemente, está presente nos bairros, a Subprefeitura Mooca não pode virar as costas para a manutenção e limpeza.
MAU CHEIRO INSUPORTÁVEL
Em seguida, Patrícia frisou que não consegue caminhar com a filha pelo espaço, pois o cheiro de urina e fezes é insuportável. Ademais, ela disse, ainda, que os cestos de lixo não são suficientes e há garrafas, copos plásticos e outros objetos espalhados na praça. “Depois, em relação aos homens e jovens habitando a área pública, não dá para suportar o assédio praticado por pelo menos um deles, além das ameaças quando querem dinheiro”, denunciou.
INTENSIFICAR AÇÕES
Além disso, a moradora sugeriu que a subprefeitura e as empresas de limpeza urbana intensifiquem as ações de manutenção e zeladoria no lugar. Ao mesmo tempo, ela pediu que a Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social oriente os ocupantes do largo para obterem seus documentos e tentarem conseguir um emprego.
O OUTRO LADO
A Subprefeitura Mooca informou que o Largo do Bom Parto e as ruas do entorno recebem semanalmente serviços de zeladoria. Entre eles, desfazimento e corte de grama, limpeza de bocas de lobo e bueiros. De acordo com o órgão, uma nova ação de zeladoria no local seria realizada na quinta-feira, dia 18.
SERVIÇO ESPECIALIZADO
Já a SMADS informou que, no último dia 16, a equipe do Serviço Especializado de Abordagem Social (SEAS) Mooca Misto esteve no local. Por conseguinte, encaminhou para acolhimento e orientou em relação à regularização de documentação uma pessoa que está no largo para acolhimento em um Centro de Acolhida. Conforme a secretaria, as demais pessoas do local não aceitaram a abordagem e oferta de encaminhamento da equipe.
MOVIMENTO ESTADUAL
O Movimento Estadual da População em Situação de Rua de São Paulo estima que, atualmente, 66 mil pessoas vivem sem teto na capital. Segundo o presidente do movimento, Robson Mendonça, houve um grande crescimento do número de pessoas que dormem nas calçadas durante o período da pandemia de Covid-19.
ATENDIMENTOS OFERECIDOS
A estimativa do movimento é feita, de acordo com Mendonça, a partir dos atendimentos oferecidos na sede da entidade, no centro de São Paulo. Além de alimentação, é oferecido apoio para tirar documentos, procurar emprego e buscar atendimento em saúde.
DADOS DE 2019
Lançado em janeiro de 2020 a partir de dados coletados em 2019, o último Censo da População em Situação de Rua identificou 24,3 mil pessoas sem teto na cidade de São Paulo. A maioria era negra (69,3%) e 85% eram homens.