Moradores do Jardim Têxtil, onde está sendo construída a estação Rapadura do Metrô, voltaram a ficar assustados. Na semana anterior, uma sirene começou a soar durante as obras e os vizinhos não sabiam o que fazer. Sérgio Nardini fez registros dos trabalhadores correndo no momento do alerta, porém, ele disse que não houve comunicação com o entorno. Com isso, as pessoas ficaram com mais medo, pois uma parte dos imóveis da região está sendo afetada pelas intervenções da Companhia do Metropolitano.
SEM VENTO
Depois, a moradora Marta Cavalcante afirmou que o Metrô alegou ter sido o vento o fator principal do acionamento da sirene. No entanto, conforme ela, não havia correntes de ar no horário do incidente. Após o aviso sonoro, os técnicos da empresa contratada esperaram por mais de uma hora para voltar. “Aliás, esse foi o nosso período de maior apreensão, já que não tínhamos ideia da probabilidade de algum desmoronamento ou incêndio no local”, relatou Marta.
BARULHO E BURACOS
Sobretudo porque toda a tensão gerada pelo episódio diz respeito ao padrão das operações das empresas vencedoras dos contratos. Segundo Marta, os problemas começaram com a retirada de terra para a construção das fundações. Caminhões passaram a circular pelas ruas dia e noite. Em alguns momentos, chegaram a trabalhar durante as madrugadas. Ao mesmo tempo, as escavadeiras também atuavam sem trégua. Neste período e até hoje, quem é dono de imóvel nas proximidades do “Complexo Rapadura” precisou se acostumar com o barulho, as ruas esburacadas e as paredes das casas rachadas.
PEDIDO DE RESPEITO
Para os passageiros, é inegável que o transporte sobre trilhos está entre os mais eficientes. Contudo, moradores pedem mais respeito com a comunidade. “Todas as vezes que buscamos respostas para questões ligadas à perturbação do sossego, as explicações exaltam o atendimento das normas técnicas vigentes e que os canais de comunicação estão abertos”, completou Marta.
METRÔ RESPONDE
De acordo com o Metrô, devido aos fortes ventos que atingiram a capital na tarde da quarta-feira, dia 27, um alarme do sistema de segurança do guindaste da obra da Linha 2-Verde, no canteiro do Complexo Rapadura, foi acionado. O protocolo de segurança foi adotado imediatamente, com o esvaziamento imediato do canteiro, de forma a proteger todos os envolvidos nos trabalhos e imóveis ao redor. O disparo do alarme foi causado unicamente pelos ventos, sem qualquer relação com algum tipo de acidente ou com a máquina Shield (Tatuzão). Não houve feridos, nem qualquer evento que afetasse a continuidade das obras. Os canteiros de obras da Linha 2-Verde, assim como todas outras obras do Metrô, contam com rígidos protocolos de segurança para garantir a integridade de todos os evolvidos e das atividades em execução.