A mobilização de moradores junto a Associação de Moradores do Bairro Tatuapé (AMB) e ao Conseg Parque São Jorge resultou na saída do Saica (Serviços de Acolhimento Institucional de Crianças e Adolescentes) da Rua Urumajó. De acordo com o presidente da AMB, João Ortega, a instituição estava causando problemas de segurança para a região e sua mudança foi uma das demandas apresentadas por vários moradores desta área. Segundo Ortega, um abaixo-assinado organizado pela associação rendeu 367 assinaturas em 2019.
REUNIÕES E VISITAS
Ele disse, também, que o documento foi fundamental para a obtenção de um resultado positivo. Entretanto, ao mesmo tempo foram programadas diversas visitas e reuniões à Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social (SMADS). “Inclusive o presidente do Conseg, Rogério Félix Martins esteve presente para reiterar o pedido e pressionar a secretaria para que atendessem o pedido dos moradores”, informou. Conforme Ortega, é provável que a transferência da Saica possa ajudar na melhora da segurança do bairro. O presidente da AMB disse esperar que o número de roubos e furtos próximos à estação Carrão do Metrô reduza agora.
CRIANÇAS E ADOLESCENTES
O Saica tem por objetivo acolher crianças e adolescentes, de 0 a 17 anos, de ambos os sexos, em situação de risco pessoal e social, nos casos de violência doméstica, maus tratos físicos e psicológicos praticados por pais e responsáveis. Além disso, recebe menores que tinham o convívio com responsáveis dependentes químicos, vivência de rua e orfandade quando há morte dos familiares. Há ainda os menores que tiveram os pais detidos pela justiça, abuso sexual e problemas com o comportamento da criança e adolescente.
ATENDIMENTO PSICOSSOCIAL
De acordo com a SMADS, o serviço costuma abrigar, provisoriamente, 20 crianças e/ou adolescentes em cada núcleo, por um período de 72 horas a 60 dias. O Saica oferece atendimento psicossocial a fim de promover a reintegração familiar do atendido e realiza encaminhamentos tanto para a criança e/ou adolescente quanto para sua família. Porém, em alguns casos ocorre uma quebra de vínculo familiar muito grande. Nesse caso, sem a possibilidade do desabrigamento, o jovem fica no núcleo até completar a idade limite que é de 17 anos e 11 meses. Após esse período, ele é encaminhado para uma república.