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Moradores do Parque São Jorge reuniram-se com o capitão Paulo Ivo, comandante da 5ª Cia. do 8º Batalhão da PM, na última segunda-feira, dia 21. O objetivo do encontro era o de fortalecer o programa Vizinhança Solidária na região e também expor as questões que vêm gerando medo e aflição nas pessoas.
RUA DOUTOR ERNESTO MARIANO
André Mattos, por exemplo, que também integra o conselho de meio ambiente da Subprefeitura Mooca, apresentou problemas relacionados à Rua Doutor Ernesto Mariano. De acordo com ele, boa parte dos crimes ocorre entre 6 e 10 horas. Furtos de celulares, bolsas e outros objetos pessoais envolvem estudantes e trabalhadores a caminho da estação Carrão do Metrô ou a pontos de ônibus. Mattos lembrou, ainda, de quadrilhas especializadas cujos integrantes fingem ser de concessionárias como Enel, Sabesp e Comgás. Há também homens que utilizam uniformes falsos dos Correios. Nesses casos, os suspeitos entram nos imóveis e rendem as famílias até a retirada de todos os pertences de valor.
USUÁRIOS DE DROGAS
Similarmente, Rogério Félix Martins, presidente do Conseg da região, apontou para o grande número de usuários de drogas que circulam pelas ruas. “Eles abordam pessoas saindo de comércios, escolas, academias e também motoristas em vários cruzamentos. Geralmente, os alvos são mulheres sozinhas ou idosos”, descreveu. Ademais, Martins revelou ter consciência das crises sociais e de saúde. Por isso, solicitou um estudo das polícias Militar e Civil a respeito do tráfico.
RUA ANTONIO MACEDO
Representantes de escolas e de uma universidade da Rua Antonio Macedo apresentaram adversidades. Elas estavam vinculadas a furtos de estudantes, de segunda a sexta-feira, a partir das 19h30. Depois, entre 21 e 22 horas, e também após as 23 horas, no percurso entre os prédios e a Avenida Celso Garcia ou a estação do Metrô.
RUA ENGENHO VELHO
Pedro Mathias, morador da Rua Engenho Velho, revelou que, esporadicamente, empresas são atacadas. Bandidos roubam celulares e bolsas de pacientes de uma clínica. Além da situação inusitada, pois ocorre de três em três meses, não há outros casos graves.
RUA PITANGUI
Na Rua Pitangui, uma moradora alertou para três situações. Primeiro que as casas colocadas à venda estão sendo furtadas. Há a retirada de portas, janelas, luminárias, torneiras e demais itens de fácil acesso. No segundo caso, suspeitos chegam de carro e observam frequentadores do Parque do Piqueri. Quando os motoristas saem, eles levam tudo, inclusive as rodas. Por fim, durante os horários de pouco movimento na rua as pessoas são assaltadas.
RUA HEITOR BARIANI E PRAÇA LOUVEIRA
Por outro lado, há cerca de cinco meses, tanto na Rua Heitor Bariani quanto na Praça Louveira, homens estão entrando nas residências para furtar pertences que possam ser vendidos. Essas invasões, conforme moradores do entorno, também acontecem nas proximidades do Largo São José do Maranhão e nas ruas Luiz Ferreira e Jacinto José de Araújo. Como ponto positivo, na reunião, foi trazida a Rua Padre Germano Mayer. Nela, segundo a moradora Isabel Dias, está tudo tranquilo, por enquanto.
CAPITÃO PROPÕE REUNIÕES PARA UNIR MORADORES E PM
Para o comandante da 5ª Cia., capitão Paulo Ivo, a integração entre a PM e os moradores é muito importante. Conforme ele, uma das principais armas da população, para reduzir a criminalidade, é a associação ao programa Vizinhança Solidária. A princípio, por meio do plano, as pessoas sairão em defesa de ações de prevenção primária, como poda de árvores, corte de mato, reforço na iluminação, não deixar o carro aberto e não circular em horários menos seguros.
ELEIÇÃO DE TUTOR
Depois, para cada rua será eleito um tutor que ficará responsável pelo contato direto com a PM. Atrelado a isso, haverá a criação de um grupo de WhatsApp, que servirá como elo de comunicação entre os moradores e a 5ª Cia.
FAIXAS E PLACAS
“Esse esquema, que já funciona em várias ruas do Parque São Jorge, receberá o reforço de faixas e placas de aviso da existência do Vizinhança Solidária”, afirmou Ivo. Segundo o comandante, esse tipo de “propaganda” tenta funcionar como inibidor de atos criminosos. “Ao ver esses símbolos, que podem ser incrementados por câmeras adquiridas pelos moradores, os ladrões vão pensar duas vezes ou desistir”, frisou.
MAPEAMENTO DE REGISTROS
Atualmente, a região é vista na Secretaria da Segurança Pública como um local seguro. Conforme o mapeamento de registros, em janeiro do ano passado ocorreram 150 furtos. Já em janeiro último o índice caiu para 130. O capitão avisou que as pessoas interessadas em integrar o programa devem procurar a Companhia da PM ou Batalhão para se credenciarem. A 5ª Cia. fica na Rua José Tavares Siqueira, 179. A 1ª Cia., que também atende o Tatuapé, fica na Rua Antonio Camardo, 69.