Com medo de sair de casa, parte dos moradores próximos às ruas João Penteado e Caetano de Campos, no Parque São Jorge, tentam alertar a Prefeitura ou o Estado para o número de usuários de drogas que circula nestas vias e em outros locais, como o Largo São José do Maranhão, por exemplo.
A preocupação das pessoas que residem na região está relacionada a diversos fatores, como assaltos, furtos, abusos ou algum tipo de violência. Isso porque muitos dos viciados costumam ameaçar moradores, para obter dinheiro ou algum outro tipo de objeto, além de furtar casas e comércios. Há cerca de um ano, lojistas tiveram de criar um código próprio para que, em determinado horário, todos baixassem as portas de seus estabelecimentos.
BASE MÓVEL
O problema foi solucionado, em grande parte, quando a Polícia Militar conseguiu transferir, em janeiro de 2012, uma base móvel no Largo do Maranhão. No entanto, alguns meses depois de ter adotado o local como polo de observação, o comando do 51º BPM/M decidiu direcioná-la também para outros pontos da cidade. Atualmente, a presença da base no largo é esporádica e ocorre em um horário que não coincide com o movimento relacionado à comercialização de drogas, que se dá em maior volume depois das 18 horas.
ANTONIO MACEDO
Para o vice-presidente do Conselho Comunitário de Segurança (Conseg) da região, Rogério Martins, a comandante da 2ª Cia. do 51º BPM/M, capitã Alessandra Pontes Dabague, que assumiu o posto em janeiro deste ano, está obtendo um maior conhecimento sobre os pontos críticos relacionados à falta de segurança. “Mesmo em pouco tempo, a capitã tem deslocado um policiamento ostensivo contínuo para a Rua Antonio Macedo, em que existem muitos bares, e tem obtido bons resultados, com a diminuição do barulho, autuação de motoristas estacionados em locais proibidos e punição aos usuários de drogas”, elogiou Martins.
CASAS ABANDONADAS
Segundo o vice-presidente, diferente da atuação contra pontos fixos, como bares nos quais os jovens são atraídos pela bebiba alcoólica ou pela música, a ação direcionada a usuários de drogas deve descobrir os pontos de comercialização e encaminhar os consumidores a algum tipo de serviço social ou atendimento clínico. “No caso do Parque São Jorge, o apoio da Subprefeitura Mooca seria muito importante, pois imóveis abandonados estão sendo invadidos e transformados em pontos de consumo e venda de crack, maconha e cocaína”, indicou.