.
Na última segunda-feira, dia 8, o Conseg Parque São Jorge reuniu moradores no prédio da Unicid, localizado na Rua Cesário Galeno, 448, para discutir problemas relacionados à segurança pública, zeladoria e fiscalização. Durante o encontro, estiveram presentes representantes da Subprefeitura Mooca e da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego). No que diz respeito aos chamados membros natos do Conselho de Segurança Comunitária, tanto da Polícia Militar, quanto da Polícia Civil, pela primeira vez eles não participaram da solenidade.
DUPLA FALTA
De acordo com o presidente do Conseg, Rogério Félix Martins, o delegado titular do 52º DP, Calixto Calil Filho, avisou que teria outro compromisso, porém, preferiu não encaminhar outro policial para ficar em seu lugar. Já a comandante da 2ª Cia. do 51º Batalhão da PM, capitã Carla Mencinger relatou que não poderia ir e não encaminhou substituto. Após a falta dos servidores da polícia, Martins declarou que, em 20 anos de Conseg, isso nunca tinha acontecido. “Faço questão de registrar em ata o acontecido, pois os membros natos não são voluntários como os moradores. Além disso, outro profissional poderia representá-los para anotar as demandas da região”, frisou o presidente.
VILA LUIZA MENOSPREZADA
Um dos moradores da Vila Luiza, que preferiu não se identificar, afirmou que o bairro é menosprezado pela PM e pela Subprefeitura Mooca. Segundo ele, quem vive no local sofre com o barulho de “pancadões” praticamente todos os dias. “Os donos de alguns estabelecimentos investem em música ao vivo para atrair o público, mas os seus negócios não seguem regras. O som alto começa à tarde, permanece à noite e invade a madrugada. O barulho só para no outro dia de manhã”, avisou.
30 PROTOCOLOS EM UMA NOITE
O morador revelou ter cerca de 30 protocolos de uma única noite de ligações para o 190. Ele disse que as viaturas chegam próximas ao “baile funk” dão meia volta e vão embora. Não há nenhuma ação efetiva, bloqueio nas ruas ou abordagens aos frequentadores. “Da mesma maneira que não há combate aos bares irregulares e nem ao barulho, a venda de drogas é intensa e os usuários circulam 24 horas”, completou.
PESSOAS NÃO SAEM DE CASA
Com esses problemas, as pessoas não saem mais de casa a partir de determinado horário. Elas temem os furtos, as abordagens por suspeitos e se sentem obrigadas a proteger o patrimônio, pois dependentes químicos levam o que podem quando entram em algum imóvel, seja residencial ou comercial.