Sr. redator:
“Sou moradora de um prédio que dá de frente para as piscinas do Parque Esportivo do Trabalhador – Anália Franco (ex-Ceret), que fica na Rua Canuto Abreu, s/nº, no Tatuapé. Um dos motivos que me levou a vir morar nesse local foi a maravilhosa vista do parque. Estou morando há quase dois anos aqui, e, infelizmente, constatei que o barulho que a administração do parque promove acaba provocando uma perturbação que supera a beleza da paisagem. Estou me arrependendo de ter investido na vista.
No ano de 2012, inúmeras vezes o parque promoveu eventos esportivos em que a necessidade de ‘animadores’ é extremamente questionável. É claro que a administração do PET pode argumentar que o parque é público, e que o povo tem direito ao divertimento, com o que concordo em gênero, número e grau.
No entanto, ‘divertimento’ não significa necessariamente ‘barulho’. O parque reúne pouquíssimas pessoas para algumas atividades esportivas e, para ‘animá-las’, se dá o direito de perturbar uma vizinhança de milhares de pessoas que também é trabalhadora e que conta com fins de semana e feriados para descansar.
Perdi as contas, desde que vim para cá, de quantas vezes meu sagrado sono de final de semana, do qual necessito para me recompor de semanas às vezes intensas de trabalho e estudo, foi literalmente assassinado. Cheguei a acordar, de domingo, antes das oito da manhã, com gritos de animadores, que animavam uma ou duas dúzias de pessoas, e, além disso, com pagode de gosto duvidoso em volume tão alto que invadia meu quarto, mesmo com as janelas e persianas fechadas. Quando o parque resolve colocar música alta, isso vai desde muito cedo até as 17 horas, e é difícil até mesmo falarmos ao telefone, tal o exagero da altura do som.
Antes do final de ano ocorreu um desses eventos, com duração de vários dias. Olhando da minha sacada, podíamos ver claramente quantas pessoas estavam participando de atividades dentro da piscina. No dia mais movimentado, se havia de 40 a 50 pessoas era muito. E dois animadores, um homem e uma mulher, gritavam em megafones, tentando organizar alguma brincadeira, mas creio que o que mais conseguiram foi irritar profundamente toda a população numerosíssima do entorno.
Tenho certeza de que um só edifício, da vizinhança, abriga muito mais moradores do que o número de pessoas que estavam na piscina. Será que o administrador do parque já olhou em volta, contou o número de edifícios que há, pensou em quantas pessoas moram nesses edifícios e fez a conta do custo-benefício disso tudo? Toda uma vizinhança sendo prejudicada por um parque que deveria valorizar todos os imóveis ao seu redor? Afinal, quem está ganhando com esses eventos barulhentos? Eu gostaria muito que isso me fosse esclarecido.
Não estou dizendo que essas pessoas que vão aos eventos não mereçam divertimento. Mas acredito que passear no parque, brincar na piscina, jogar e praticar todas as outras atividades que o parque oferece já seja um divertimento e tanto, sem a necessidade de pessoas gritando em megafones e de música alta. Todos os dias inúmeras pessoas vêm se divertir no PET e a vizinhança não se perturba com isso. Caminhar, nadar, jogar tênis ou futebol produzem um pequeno ruído que não incomoda ninguém e do qual jamais poderíamos reclamar. É um direito da população, e o parque existe para isso.
Infelizmente, está faltando bom senso. Nesse último evento, liguei na administração e me informaram que o nome do organizador dos eventos é Emílio. Quando perceberam que o meu objetivo era compreender qual o motivo desses eventos e da barulheira, me deixaram na linha. Tentei ligar inúmeras vezes no mesmo dia e nos dias subsequentes, mas ninguém atende. Que administração é essa, que nem ao menos atende ao telefone para dar uma satisfação a quem deseja explicações? A população merece respeito e é apenas isso que estou reivindicando.”
Ana Lucia Sorrentino


Que barulho gente?? pelo amor!! o unico barulho ali é das crianças brincando no parquinho, e o som nao atrapalha e nem chega perto dos predios.
Matéria totalmente sem noção, moro próximo ao parque também e não tenho problemas, aliás desde que virou PET o parque mudou muito, recebeu iluminação adequada, limpeza e manutenção constantes, além de atividades como Clube Escola e torneios esportivos (como a Virada Cultural) entre outros. Virou, numa região, uma excelente opção para prática de atividades físicas, passeios com as crianças, etc…