Durante reunião do Conseg Parque São Jorge, na última segunda-feira, dia 11, moradores da região levaram sua aflições relativas à segurança ao delegado titular do 52º DP, Daniel Cohen, e ao 1º tenente Misael da Silva Santos, comandante interino da 2ª Cia. do 51º Batalhão da PM.
Arcidio Gouveia, por exemplo, levou o fato de um jovem, de aproximadamente 16 anos, que estaria entrando em casas abandonadas em ruas como Doutor José Elias Jordão, Dona Ana Franco, Igaratim, entre outras, para furtar objetos. Ele afirmou, ainda, que o jovem costuma ser agressivo quando alguém o aborda para lhe chamar a atenção.
Rogério Félix Martins lembrou que a mesma situação ocorre na Avenida Celso Garcia, esquina com a Rua Antonio de Barros. “No local, muitos usuários de drogas interpelam motoristas e ofendem quando não conseguem dinheiro”, avisou. Martins sugeriu a quem quiser colaborar, que evite entregar valores, pois a atitude está prejudicando ainda mais os dependentes.
Gouveia aproveitou para avisar sobre um morador de rua que, provavelmente, invadiu uma residência na Rua Antonio Macedo, altura do número 466. “Cheguei a interpelá-lo, porque ele estava deteriorando o imóvel, no entanto, o sem-teto alegou ter autorização da dona da casa e estaria lá como zelador”, contou.
Outra moradora pediu ajuda à PM para aumentar as rondas na Rua Tanquinho. Conforme ela, pelo menos três casas teriam sido invadidas enquanto os proprietários estavam fora.
A mesma modalidade de crime foi apontada para a Rua Gonçalves Crespo e os moradores do endereço registraram a preocupação com a presença de pessoas estranhas na região. Esses indivíduos, que estão agindo de maneira contumaz nas ruas consideradas mais tranquilas, também passaram a cortar os fios de eletricidade das casas para vender o cobre.
O OUTRO LADO
De acordo com o 1º tenente, existe uma ligação entre os pequenos furtos e alguns moradores de rua que perambulam pelas ruas da região. Além deles, há também alguns jovens que passaram por audiência de custódia na Justiça, estão soltos e praticam delitos em função do uso de drogas.
“Minha recomendação é a de que os moradores não incentivem essas pessoas lhes dando dinheiro ou qualquer tipo de objeto, pois elas acabam se fixando. Friso a importância da ligação para o 190 e do registro do boletim de ocorrência. A partir da análise de dados criminais, a PM direciona equipes e viaturas para as áreas de interesse da população”, explicou.
O comandante interino destacou, ainda, o trabalho conjunto com a Polícia Civil e pediu ajuda aos moradores com relação a informações, como endereço de circulação de suspeitos, placas de carros e características dessas pessoas. O delegado relatou que, apesar de estar há aproximadamente dez dias no comando da região, está recebendo a todos que quiserem colaborar com imagens de câmeras ou algum outro detalhe. “Para nós tudo é importante e os dados ficam sob sigilo”, esclareceu.