Aí está uma questão de difícil resposta.
Cada um, de acordo com suas crenças e suas predileções políticas, poderá dar uma resposta e, certamente, não deverá ser a mesma, pois o modo de perceber de um é diferente do outro.
Tentar adivinhar não vale, deve-se ter uma resposta embasada em fundamentos sólidos e consistentes.
Positivamente estamos exigindo muito.
Ninguém, em sã consciência, pode, neste momento, afirmar com segurança alguma coisa.
A situação nunca esteve tão nebulosa. O que parecia caminhar para uma continuidade política, com muita tranquilidade, acaba revelando-se como uma situação totalmente tumultuada.
Uma coisa, neste momento parece certa, especialmente depois de todas as manifestações, mesmo que baseadas em greves ilegais: o povo quer mudanças.
Realmente, a mesmice não tem mais lugar. Mesmo os que foram aquinhoados com as benesses do governo, já não estão mais satisfeitos, todos querem mais. Afinal, o que lhes foi dado foi uma esmola e nada mais, nem mesmo a oportunidade de caminhar com as próprias pernas, pois esse modelo já esgotou.
Mudanças, em qualquer atividade, não são feitas repetindo fórmulas e com as mesmas pessoas.
Nas empresas é assim, sempre que se pensa em mudanças, imediatamente, até a cabeça do presidente é colocada a prêmio. Afinal, dela é que sai o projeto, a coordenação, a direção.
No poder público não pode ser diferente. Jamais se mudará alguma coisa se tudo continuar como está. O continuísmo é desastroso, é calamitoso, já que as ideias não mudam e tudo continua como era antes. Não se dá um passo rumo a novos desafios.
A leitura que se faz das ruas é bem essa. Não dá mais! Todos os governantes, sem importar o partido, de qualquer espécie, não estão mais sendo suportados. O povo está esgotado de tanta incompetência e desonestidade.
O povo está enojado, desesperançado. A esperança acabou virando uma grande decepção.
O governo PT faliu e distribuiu a vontade indômita de ver tudo mudado. Era uma esperança, mas o Lula e sua torpe vontade incontrolável de só tirar proveito e de eternizar-se no poder, acabou colocando tudo a perder. Era o governo da mudança, hoje, é o governo do desespero.
O homem público deve servir o povo e não servir-se dele e do poder, como o PT, atualmente. Agora fica a grande interrogação, quem os substituiria, quem teria esse carisma de mudar tudo e adquirir a confiança do povo?
Em quem acreditar? Qual a proposta que realmente poderá vingar nesse mister de servir o povo e não servir-se dele? Quem seria esse “Messias”? Ao que tudo indica, ainda está para nascer, porque político bom já nasceu morto.
O que aconteceu em São Paulo foi a maior demonstração de incompetência e despreparo dos governos municipal e estadual. Como é possível um grupo, uma categoria, parar um Estado por causa de suas ansiedades e vontades, em detrimento dos direitos de todos os cidadãos?
Como é possível deixar a cidade nas mãos de verdadeiros baderneiros que não respeitaram a ordem da justiça e o direito dos cidadãos de ir e vir, prejudicando milhares de pessoas que dependiam do transporte, não só de ônibus, mas de carro também, porque as vias de acesso foram interditadas?
Onde está a autoridade dos governos? Para que servem os secretários do Transporte e da Segurança Pública? Onde estavam no momento em que os motoristas e cobradores tomavam conta das ruas e das próprias estradas? Por que não saíram à rua, ao invés de se esconderem e se acovardarem?
Porque sabiam que não seriam bem-vindos. Não sabem negociar, governar. Com certeza estarão pedindo votos nas eleições, e infelizmente o povo os atenderá.
O ministro Marco Aurelio de Mello, do STF, respondeu muito bem à pergunta da Jovem Pan: o que o Brasil faz melhor? Disse ele, ao contrário de empresários comprometidos apenas com o governo, “mais escolas, mais estradas, mais moradias etc. Esse lugar comum não leva a nada”.
Agora, o que eu responderia e você deveria corroborar: mostrar sua força nas urnas. Isso fará o País melhor, pois, em outras palavras, para um bom entendedor, um pingo é letra. No voto é que se deve dar a resposta. É por meio da urna que se iniciará a grande mudança.