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A historiadora Adriana Lopes, pesquisadora dos bairros da Zona Leste, apresentou, em 2019, os brasões e bandeiras de bairros como Penha, Cangaiba, Vila Matilde, Tatuapé e Artur Alvim. Sob a análise do ex-prefeito Bruno Covas e das principais instituições de cada região, Adriana identificou os territórios em seu processo histórico. Além disso, ela categorizou os elementos que seguem os padrões tradicionais da heráldica, que é a arte de descrever os brasões de armas ou escudos. Em seu trabalho, a historiadora alerta para a necessidade de se regulamentar a criação de brasões e bandeiras nos distritos. Isso porque outros já foram criados sem a devida atenção às regras heráldicas.
ESPAÇOS DE MEMÓRIA
“Após as pesquisas notei que, assim como as cidades, cada vila ou bairro tem suas próprias características. As particularidades de cada um refletem a sua história e cultura, mesmo estando próximos uns aos outros. Nesse sentido, a criação de um brasão contém a dimensão visual desse espaço. Seus elementos remetem aos espaços de memória capazes de dar a noção de pertencimento aos moradores. Até porque esses símbolos revelam um carinho especial ao local de nascimento, sem contar a contribuição que deram à educação e à cultura”, completou a pesquisadora.
REFERÊNCIA HISTÓRICA
Atualmente, a tratativa da oficialização dos brasões e bandeiras está nas mãos do vereador Gilson Barreto. Segundo o parlamentar, é importante incentivar a criação de símbolos que exaltem os valores positivos dos espaços e sua história. Ele frisa, ainda, o valor do envolvimento da comunidade em um conjunto de culturas e práticas que se estendem ao longo dos séculos. Para o vereador, a participação popular confere características distintas a cada lugar, dada a extensão territorial da cidade e os povos que aqui chegaram. Em 2022, espera-se que os festejos dos bairros contem com a apresentação das bandeiras e seus brasões que serão referência para a criação dos próximos.