O que vamos mostrar aos turistas, em matéria de cultura, quando eles chegarem à Zona Leste em direção à Arena Corinthians para a abertura da Copa do Mundo? O primeiro bairro para quem vem do centro da cidade é o Brás. Nele, estrangeiros e moradores de outros estados, além de não terem opções de lazer vão encontrar uma região degradada, com prédios abandonados, pichados e cortiços.
O único local mantido pela secretaria estadual é a Oficina Cultural Amácio Mazzaroppi, porém ela não fica aberta todo o tempo. Ressalvas podem ser feitas à Igreja Bom Jesus do Brás e à Pizzaria Castelões, uma das mais tradicionais da cidade.
A situação vai ficando difícil, pois caso o turista não busque a “cultura da fé”, sobram pouquíssimas opções. No Belém, por exemplo, existe um parque estadual e o Sesc. Já no Tatuapé, é possível encontrar um parque, dois clubes esportivos e um museu conhecido como “Casa do Tatuapé”.
Do bairro do Carrão em diante, as alternativas culturais praticamente minguam, tirando uma ou outra, como o Centro Cultural Penha e a Oficina Cultural Alfredo Volpi, já em Itaquera. É triste para o tamanho da Zona Leste ver que a região está alijada das propostas das secretarias municipal e estadual. Com isso, pagam o pato aqueles que vêm para São Paulo se divertir e, consequentemente, nos envergonha o fato de termos pouco a oferecer.
Que venha a Copa!

