Texto do argentino Nelson Valente, o espetáculo “O Louco e a Camisa”, com direção de Elias Andreato, estreou no dia 4 de abril, no Teatro Porto Seguro. No elenco estão: Leonardo Miggiorin, Rosi Campos, Priscilla Squeff, Guilherme Gorski e Ricardo Dantas.
A peça está em sua nona temporada na cidade de Buenos Aires, além de já ter ganhado os palcos de outros países como Chile, Espanha, França, Portugal e Estados Unidos.
O texto entrelaça temas como a loucura, a convivência familiar, a revelação da verdade e a violência doméstica, ao retratar um pai violento e severo. O público se depara com uma família distorcida e marcada pela convivência hipócrita entre eles, que se esforçam para esconder a existência de um “louco” (o filho) e suas ideias aparentemente malucas.
No decorrer do espetáculo, percebe-se que o “louco” é, na verdade, o mais são entre os integrantes da família, pois é fiel e íntegro aos seus valores. O único com percepção real e verdadeira. Desta forma, a comédia se dá em contraponto ao drama vivido com esses conflitos familiares, pois os personagens naturalmente se metem em situações cômicas para solucionar seus problemas.
“É importante estar em constante discussão sobre as diferenças e estimular a tolerância e o respeito ao próximo. Neste espetáculo retratamos distúrbios de personalidades e relacionamentos, e isso serve para pôr uma lupa em nós mesmos e fazermos uma autoanálise do quanto somos permissivos e complacentes com certas situações”, comenta Priscilla Squeff, idealizadora do projeto no Brasil, ao lado dos sócios Leandro Luna e Danny Olliveira. Os produtores assistiram ao espetáculo em Buenos Aires e, cada vez mais, acreditam na importância deste intercâmbio cultural.
O Louco e a Camisa conta a história de uma família marcada por seus valores questionáveis em contraponto ao filho que não se encaixa nos padrões impostos a ele. Ao decidir reunir a família para apresentar seu namorado, a irmã coloca todos em situação limite. E assim, os segredos mais íntimos de cada um se revelam. Um drama familiar para rir e chorar.
Ficha técnica: cenário e figurino: Elias Andreato. Trilha sonora original: Jonatan Harold. Iluminação: Cleber Eli. Assistente de direção: Lucas Abdo. Assistente de produção: Diogo Villa Maior. Realização: Néctar Cultural.
Apresentações: quartas e quintas, às 21 horas. Ingressos: R$ 60,00 plateia e R$ 40,00 balcão/frisas. Temporada: até 3 de maio. Classificação: 12 anos. Duração: 60 minutos. Formas de pagamento: todos os cartões de crédito e débito (exceto Cabal, Sorocred e Goodcard). Acessibilidade: dez lugares para cadeirantes e cinco cadeiras para obesos.
Local: Alameda Barão de Piracicaba, 740 – Campos Elíseos. A bilheteria funciona de terça a sábado, das 13 às 21 horas; e domingos, das 12 às 19 horas. Mais informações no telefone 3226-7300.
O teatro oferece vans gratuitas que saem da Estação da Luz. Devidamente identificados os veículos pegam os espectadores em um local marcado.