Com o propósito de estimular a produção cultural, compreendendo que a arte pode ser uma expressão privilegiada para problematizar e tornar sensíveis conceitos importantes para o entendimento das migrações, como identidade, experiência, representação e direitos humanos, o Museu da Imigração (MI) lançou o programa que seleciona, por meio de edital, artistas individuais ou coletivos de artistas migrantes e refugiados, para realizarem uma imersão nas atividades e rotinas da instituição, visando o desenvolvimento de projeto de artes visuais de diversas linguagens.
PAULO CHAVONGA
Na segunda edição do programa, o artista selecionado, Paulo Chavonga, criou grandes telas relacionadas ao tema proposto “As migrações e os tijolos do racismo estrutural no Brasil”, dando continuidade às discussões sobre o racismo a partir da intersecção com a história da Hospedaria de Imigrantes do Brás. As obras ficarão em cartaz no MI até dezembro.
MULTIMÍDIA
Em outro espaço do museu, em diálogo com a exposição temporária “Mulheres em Movimento”, pode ser acompanhada, até o dia 26 de dezembro, a instalação “Mátria: Êxodos Contemporâneos”, projeto elaborado pelas artistas Eva Castiel, Fanny Feigenson e Fulvia Molina.
CANÇÕES DE NINAR
A apresentação multimídia e sonora, montada nos jardins e plataforma ferroviária, é composta por canções de ninar de diversos povos, entoadas por mulheres imigrantes ou seus descendentes nas suas línguas originais.
CONTRAPONTO À PÁTRIA
Assim, “Mátria” representa o universo feminino, afetivo, maternal, em contraponto à pátria, que remete ao poder territorial, armado, masculino, patriarcal. Nesse sentido, a proposta resgata a presença da mulher nos fluxos migratórios em meio às incertezas, dor e desafios.
LEITURA
O projeto “Semear Leitores”, com Gabrielli Chagas, continua hoje, dia 24, com sessões presenciais de leituras de livros, às 11 horas, com o livro “A árvore generosa”, de Shel Silverstein, e às 15 horas, com o livro “Um dia, um rio”, de Leo Cunha. Para o dia 30, às 11 horas, está programada a leitura do livro “A África que você fala”, de Cláudio Fragata. Já às 15 horas, do mesmo dia, a mediação será para o livro “O Caminhão”, de Lúcia Hiratsuka. No dia 31, às 11 e 15 horas, estarão de volta os livros “O Caminhão” e “A África que você fala”.
LIVES
No dia 29, a nova conversa da série de lives “A situação das mobilidades humanas na pandemia” receberá a artista e integrante do grupo Maobé, Namíbia Neves, às 17 horas. No Instagram, o bate-papo com o pesquisador do MI, Thiago Haruo, tratará da produção artística do conjunto, que tem origem no Togo, e as mudanças enfrentadas desde o início do cenário pandêmico.
SERVIÇO
O museu fica na Rua Visconde de Parnaíba, 1.316 – Mooca. Mais informações pelo telefone 2692-1866 ou no site http://museudaimigracao.org.br.