Assim que o primeiro barulho de motosserra foi ouvido, moradores da região começaram a entrar em contato com a reportagem. Indignados com o corte dos galhos da seringueira, localizada dentro de um terreno particular, na esquina das ruas Cantagalo e Joaquim Pinto, no Tatuapé, muitos questionaram se há autorização para tal ação.
Agentes do destacamento ambiental, pertencente à Guarda Civil Metropolitana (GCM), estiveram no local, na última quinta-feira, dia 5. De acordo com o guarda de meio ambiente, classe especial, Hélio, para a poda que estava sendo realizada seria necessário apresentar uma documentação especial pertinente para o uso e porte da motosserra. Caso contrário, a empresa responsável pelo serviço estaria incorrendo em uma infração administrativa, correspondente a um crime ambiental.
“Árvore não pode ser removida”
Hélio afirmou, ainda, que sua equipe estava fazendo a preservação do lugar por ter detectado a irregularidade em duas motosserras. Segundo ele, o problema seria encaminhado para a Polícia Civil, que ficaria responsável pelo inquérito. Conforme o GCM classe especial, por enquanto, as pessoas envolvidas no processo de poda terão de aguardar o trâmite na Justiça até a liberação das motosserras. O guarda frisou, também, que se o proprietário da área apresentar outros equipamentos, que estejam dentro das condições de uso, ele pode continuar o serviço.
A equipe desta Gazeta entrou em contato com a Prefeitura Regional Aricanduva, que respondeu que há autorização para a realização da poda da espécie, e não para a sua remoção.
Confira o que diz a nota encaminhada na semana passada. “Quanto à árvore da Rua Cantagalo, informamos que: a respectiva autorização está publicada no Diário Oficial da Cidade – DOC de 28/03/18, página 43; o laudo expedido pelo engenheiro agrônomo deliberou na seguinte conformidade: SIMPROC 2018.9.023.059-2 – Poda de Copa (adequação, fiação e rebaixamento altura em 1/3 ), de uma árvore (ficus elástica), situada na Rua Cantagalo, 1.985 (Área Interna Particular).