Moradores do Tatuapé voltarão a se manifestar em função de problemas relacionados à perturbação de sossego. O protesto, desta vez, irá ocorrer no próximo dia 17, a partir das 15 horas, na Rua São Jorge, altura do número 400. Com o apoio da Associação de Moradores do Bairro do Tatuapé (AMB), vizinhos a comércios problemáticos e simpatizantes da causa poderão fazer parte do movimento.
SAÚDE FÍSICA E MENTAL
O encontro tem como objetivo restabelecer relações de respeito e de recuperação da saúde física e mental das pessoas. De acordo com a AMB, idosos com sérios problemas de saúde são afetados diretamente com o barulho em excesso. Do mesmo modo, familiares de moradores com espectro autista dizem não saber mais o que fazer para ter paz.
PESSOAS PREJUDICADAS
Muitos estudantes, que estavam em preparação para o vestibular, foram prejudicados. Outros, inscritos em aulas ou cursos on-line, não conseguem acompanhar o conteúdo apresentado pelos professores. Prestadores de serviço, que atendem em sistema de home-office, tiveram de cancelar reuniões e consultorias para clientes por causa da altura do som promovida por alguns estabelecimentos.
CASAS DESVALORIZARAM
No que diz respeito aos imóveis, quem vive em determinados pontos do Tatuapé revela que suas casas desvalorizaram muito, após a chegada de comércios indiferentes às leis municipais. Como agravante a esta situação, alguns moradores não conseguem tirar os próprios carros de suas garagens, porque clientes de bares acreditam ter direito de parar em frente a uma guia rebaixada.
PROJETOS DE ACÚSTICA
O morador Walter Egéa faz questão de ressaltar que as pessoas não estão contra os comércios ou bares que apresentam a música ao vivo como um de seus atrativos. O ponto importante, para ele, está na adaptação dos estabelecimentos, com a implantação de projetos de acústica. “Afinal, algumas casas de show foram criadas em zonas estritamente residenciais e próximas a hospitais”, frisou Egéa.
CENTENAS DE PROTOCOLOS
Os manifestantes lembraram ainda que, antes de propor a criação do novo movimento, foram reunidos centenas de protocolos depois de reclamações no Psiu (Programa de Silêncio Urbano). A população também registrou diversos boletins de ocorrência e apresentou ações no Ministério Público, além de reclamações na Subprefeitura Mooca. Sem contar abaixo-assinados com mais de 2 mil assinaturas e uma imensa quantidade de vídeos gravados pelos moradores, comprovando os abusos.
CARRO DE SOM
A chamada de atenção aos órgãos envolvidos terá um carro de som que irá percorrer as ruas do bairro. Durante o percurso, as pessoas poderão ouvir depoimentos gravados por vítimas falando sobre as dificuldades que têm passado.
Na Avenida Azevedo, entre as tuas Tijuco Preto e Padre Estevão Pernet abriram uma casa de shows que inviabiliza o descanso dos moradores vizinhos. Geralmente termina por volta das 05h da manhã, então começa a gritaria, buzinas etc. Um verdadeiro inferno.
Basta ter um bafômetro a cada esquina, cadê a Policia Militar São Paulo para atuar nisso? Todos os finais de semana temos acidentes. Menos bebidas, o barulho cessa. Atinge os bares no faturamento, simples. Outra medida boa seria taxar as bebidas em bares e restaurantes em 500%. Esta arrecadação extra seria dado como desconto para o IPTU que está na faixa de R$60 o metro por ano, é um absurdo… E ainda temos os decks para atrapalhar os carros. Basta aprovar um projeto da Assembleia Legislativa de São Paulo, isso acaba. Protestos, passeatas, não resolvem.