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Moradores do Jardim Têxtil voltaram a reclamar das obras da estação Rapadura, pertencente à Linha 2 – Verde, do Metrô. Segundo eles, tanto a Rua Antônio Carlos Martin, na altura do número 35, quanto as calçadas e as próprias casas, começaram a apresentar rachaduras.
CIRCULAÇÃO DE CAMINHÕES
A Rua Zodíaco, que é estreita, está com uma grande circulação de caminhões. O Metrô está fazendo da via uma extensão do canteiro de obras, ao lado do Parque Linear Rapadura. Os moradores têm muita dificuldade de saírem com os carros de suas casas. Além disso, o peso dos veículos está causando o afundamento de partes do piso e também de galerias de esgoto e de água. Outra reclamação diz respeito à falta de comunicação da Cia. do Metropolitano.
TRABALHAM DAS 6 ÀS 21 HORAS
De acordo com o morador Bruno Augusto, as pessoas só sabem o que vai ser feito quando a intervenção começa. Do mesmo modo, não existe horário para as construções. O barulho das máquinas começa geralmente a partir das 6 horas e pode seguir até as 21 horas. Ou seja, uma rua anteriormente estritamente residencial, agora tornou-se muito perigosa.
RUA ZODÍACO
Augusto disse que a Rua Zodíaco começou a ter problemas quando os caminhões passaram a fazer o transporte da terra retirada do terreno da obra. A via ficou repleta de buracos, além de apresentar trincas em várias partes. Por se tratar de uma pista que também está na lateral do córrego, ela começou a afundar. Em função das dificuldades atuais, alguns moradores foram falar com engenheiros da obra que admitiram estar descontentes em ter de circular por uma rua estreita. Depois de muitas reclamações com funcionários das empresas contratadas, alguns resolveram jogar pedras e cimento nas crateras da rua. Entretanto, as pessoas só poderão entrar ou sair de carro quando tudo secar.
“TATUZÃO”
De acordo com Augusto, ele e outros vizinhos do entorno entraram com uma ação no Ministério Público para pedir a paralisação da obra. Ele disse que, conforme projetos do Metrô, a Rua Antônio Carlos Martin era considerada mais segura. Ao mesmo tempo, a Rua Angoera não havia sofrido nenhum abalo até agora. No entanto, o medo das pessoas está ligado à passagem do “Tatuzão” sob as ruas Antonio Carlos Martin e Angoera, pois enquanto uma está à margem do córrego Rapadura, a outra fica na encosta.
RUA ANTÔNIO CARLOS MARTIM
Para ele ainda, apesar da perfuração não ter sido iniciada, as casas da Rua Antônio Carlos Martin começaram a apresentar rachaduras. Em conjunto a isso, o asfalto passou a verter água de forma ininterrupta, contudo, os engenheiros não souberam apontar as causas. Uma moradora da rua informou que surgiu uma fenda dentro da piscina da casa e a água está escoando para a terra. Próximo à residência dela, outro morador foi convidado a sair de casa após o surgimento de enormes fendas nas paredes.
NOTA PADRÃO
O Metrô oferece uma central de relacionamento por telefone ou presencial na Avenida Doutor Eduardo Cotching. No entanto, conforme a vizinhança, ninguém sabia que os funcionários iriam trabalhar toda a madrugada, por exemplo. Quando moradores abrem ocorrências a respeito de qualquer problema, não conseguem saber se serão resolvidas, porque não há nenhuma resposta concreta. A Companhia só transmite uma nota padrão dizendo que os problemas apontados serão verificados.
Acabaram com o Jardim Textil, quando as linhas começarem a funcionar, veremos degradação local com usuários de drogas e aumento de pequenos furtos. Uma pena, o famoso “morumbizinho” não merecia isso.
Além dessa da questão ambiental e ecológica que envolvia a obra no Parque Linear da Rapadura (cuja supressão de árvores foi de aproximadamente 200), sabíamos desse problema de segurança, que a gente sabe que o Metrô não tem, haja visto o histórico e tragédias que já ocorreram. A vida dos moradores do entorno da obra viraram um inferno, com problemas em suas casas, excesso de barulho e fora do horário, ruas estreitas que estão afundando e viraram estacionamento de caminhões. E pra piorar, sabemos que caso seja necessária alguma intervenção do Metrô pode demorar décadas! Um cidadão que trabalha a vida inteira para ter um lar e descansar não merece essa situação, muito menos vinda de um órgão público.