Morar na Rua Antônio Carlos Martin, no Jardim Têxtil, ainda é um desafio. De acordo com as pessoas que têm casas em frente ao Complexo Rapadura, da Linha 2 do Metrô, há uma série de problemas com os imóveis. Nesse sentido, entre as dificuldades enfrentadas, conforme os vizinhos, está o pó gerado pelas obras e pelo trânsito de caminhões. Moradores alegam que não conseguem colocar as roupas no varal e precisam lavar os carros duas vezes por semana.
ESCADAS ESCORADAS
Sobretudo em algumas construções, escadas ficam escoradas para não cair. Além disso, muro e calçada estão rachados e portões estão descolados das paredes. Alguns donos de imóveis alegam que não conseguem dormir por causa do barulho das 6h30 e se estende a noite inteira.
CALÇADAS AFUNDANDO
Aliás, entre os moradores é unânime o fato de as calçadas estarem afundando e rachando. Funcionários do Metrô acompanham as fissuras das paredes que chegaram a dez centímetros, mas não ocorrem ações concretas. Os portões de algumas casas estão perdendo o prumo ou quebrando. Atualmente, os locais estão desprotegidos, pois os ladrões aproveitam para arrombar as entradas, já que os equipamentos de proteção estão caindo.
MURO RACHANDO
Depois, quem passa pelo local avisa que o muro de um terreno da Rua Antônio Carlos Martins está rachando e torto. Por isso, qualquer hora vai cair em alguém. Os habitantes do entorno revelam que os funcionários do Metrô dão sempre as mesmas respostas, tratando o caso como natural. Enquanto isso, várias ruas seguem sendo demarcadas. Moradores da Vila Carrão e do Jardim Têxtil ficaram com os prejuízos e incômodos. Para os tradicionais donos de casas, a obra tirou o sossego da região que era maravilhosa. Agora, surge o medo com a chegada do “Tatuzão” e a perfuração do terreno.
PERCURSO DA LINHA
Nesse ínterim, a Linha 2-Verde chegará até a Penha, conectando-se com a Linha 3-Vermelha. Ao todo, 1,2 milhão de pessoas serão beneficiadas com 8 novas estações: Orfanato, Santa Clara, Anália Franco, Vila Formosa, Santa Isabel, Guilherme Giorgi, Aricanduva e Penha. A expansão tornará a Linha 2-Verde a mais extensa do sistema com 23 quilômetros. Também vai diminuir os tempos de trajeto da população da Zona Leste e redistribuir o fluxo de passageiros de toda a rede sobre trilhos.