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Uma parte dos moradores do Tatuapé critica a forma como alguns estabelecimentos vem utilizando os parklets ou o Ruas SP. Conforme a parcela dos descontentes, existem bares, por exemplo, que “privatizaram” o equipamento público. Sobretudo Marcos de Souza afirmou entender que se trata de um momento de retomada da economia. “No entanto, hoje todos os espaços tornaram-se uma extensão dos comércios. Aliás, alguns empresários que já ocupavam legalmente um pedaço da calçada com mesas e cadeiras, agora disponibilizam tambores de óleo e mesas altas para apoio de garrafas e pratos. Assim, com as estruturas, a fachada do lugar fica praticamente bloqueada”, constatou.
MELHOR SINALIZAÇÃO
Similarmente, outra questão levantada por pessoas que caminham pelas ruas mais movimentadas diz respeito à segurança dos clientes. Ademais, Cintia Medeiros lembrou de equipamentos que ficam muito próximos de esquinas. “Dois deles estão na Rua Itapura, esquina com a Rua Emilio Mallet e na Rua Cantagalo, esquina com a Rua Serra de Japi, mas existem muitos outros”, contou. Para Cíntia, como esses espaços vieram para ficar no bairro, é necessário prevenir. “A CET deve sinalizar melhor os espaços ou afastar os equipamentos das esquinas para evitar acidentes”, avisou.
RUAS SP E PARKLETS
De acordo com as secretarias de Urbanismo e Licenciamento (SMUL) de Subprefeituras (SMSUB), as estruturas são diferentes.
ESPAÇOS DE LAZER
Os parklets instalados na cidade são públicos e funcionam como um espaço de lazer. Os espaços autorizados pelo Ruas SP são destinados à acomodação de clientes dos estabelecimentos aprovados.
QUALQUER CIDADÃO
Qualquer cidadão pode fazer uso de um parklet, que deve contar com um letreiro identificando-o como espaço público, instalado em frente a bares e restaurantes. Os comerciantes não podem gozar da estrutura para atendimento exclusivo ao cliente.
CLIENTES AUTORIZADOS
Somente clientes dos estabelecimentos autorizados podem usar o local destinado ao Ruas SP. O projeto disponibiliza aos comerciantes uma placa indicativa que pode ser fixada em local para esclarecimento ao público.
NÃO HÁ DINHEIRO PÚBLICO
Conforme as secretarias, nos dois projetos não há dinheiro público sendo aplicado. Todos os investimentos são provenientes dos próprios estabelecimentos que desejam aderir ao parklet ou ao Ruas SP.
PROCESSO DE ANÁLISE
A adesão ao Ruas SP ou ao parklet precisa passar por um processo de análise da Prefeitura para aprovação. O estabelecimento interessado em fazer parte do Ruas SP deverá protocolar sua proposta de uso do espaço público de forma on-line por meio do site da secretaria. No caso dos parklets, a instalação pode ser solicitada por pessoas físicas ou jurídicas na praça de atendimento da subprefeitura competente, de acordo com as especificações do manual operacional de implantação. Caberá também à subprefeitura averiguar a conveniência do pedido e dar conhecimento público.