Moradores da Rua Plácido de Castro, entre as estações Santa Clara e Anália Franco do Metrô, próximo ao VSE Cestari, reclamam da falta de informação, de decisões unilaterais da Companhia do Metropolitano e da indefinição em relação às indenizações.
ACORDOS ADIADOS
Cristiane Sanches São Marcos relata que os donos de imóveis esperam por um acordo sobre o pagamento, mas o Metrô adia indefinidamente. Conforme Cristiane, a Companhia sequer apresenta um prazo para que isso seja feito.
DIVERSOS DANOS
A moradora lembra que as obras geram diversos danos a uma parte dos imóveis da rua, como o rompimento de canos, desestabilização de colunas de sustentação e rachaduras. Diante disso, apesar de os proprietários das casas pagarem contas exorbitantes, o ressarcimento do Metrô demora até 8 meses. Para Cristiane, é absurdo que a empresa não aceite pagar o valor de mercado. Até porque, segundo ela, após as obras será praticamente impossível recuperar os estragos causados até agora. Outra discussão estabelecida pelos moradores diz respeito ao fato de a Companhia não disponibilizar o monitoramento técnico do solo e dos imóveis. Por conta das perguntas sem respostas, as pessoas dizem terem se tornado reféns do consórcio de empresas formado pelo Metrô.
METRÔ RESPONDE
A Companhia do Metropolitano afirmou que monitora as realocações e indenizações de moradores em imóveis impactados pelos trabalhos de ampliação da Linha 2-Verde. Segundo o Metrô, são preservados os direitos de todos os envolvidos, além de ser mantido o protocolo assistencial às famílias. O órgão revelou que, ao final das obras, todos os imóveis são recuperados e reestabelecidos ao estado original para entrega ou indenização do proprietário.
IMÓVEIS MONITORADOS
De acordo com a assessoria do Metrô, todos os imóveis do entorno dessas obras são monitorados com vistorias e uso de equipamentos de medições de movimentações e fissuras. Ao menor sinal de alguma movimentação que comprometa a estrutura, as medidas de segurança são adotadas imediatamente com os reparos e, quando necessário, a remoção das famílias para hotéis ou pagamento integral de aluguel. Os demais reparos são providenciados em etapas, de acordo com o estágio da obra. Por fim, a Companhia adiantou que, para a vistoria dos imóveis é necessária a autorização dos moradores.