Segundo a Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), o volume de empréstimos para aquisição e construção de imóveis somou, no início de 2014, R$ 8,2 bilhões, o melhor resultado dos últimos 20 anos.
A informação foi revelada através de pesquisa feita pelo Instituto Brasileiro de Estudos Financeiros e Imobiliários (Ibrafi), que comparou janeiro de 2013 com o mesmo mês deste ano, quando houve um crescimento de 22% nos valores contratados.
EMPRÉSTIMOS FEITOS
No período acumulado de 12 meses, encerrado em janeiro de 2014, o volume de empréstimos para aquisição e construção de imóveis com recursos das cadernetas de poupança do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), alcançou o montante de R$ 110,6 bilhões, 32% maior que o apurado nos 12 meses anteriores.
BALANÇO POSITIVO
O trabalho traz ainda que, em janeiro, foram financiadas aquisições e construções de 39,9 mil imóveis, um aumento de 12% em comparação com o mesmo mês do ano passado. Embora o número de unidades financiadas tenha sido inferior ao de dezembro de 2013, o resultado foi o maior para um mês de janeiro, nos últimos 20 anos.
Em termos acumulados, entre fevereiro de 2013 e janeiro de 2014, foram financiados 534,1 mil imóveis, número recorde que superou em 17% o de 455,1 mil unidades contratadas nos 12 meses anteriores.
A Abecip prevê que ainda há fôlego para crescer e estima que, nos próximos cinco anos, o valor do crédito imobiliário passe a representar 15% do Produto Interno Bruto do País.
MAIS CRÉDITO
De acordo com informações divulgadas pelo Banco Central (BC), os números e projeções apresentados pelo setor imobiliário apontam que as pessoas terão mais acesso ao crédito nos próximos anos.
Só a Caixa Econômica Federal estima conceder, em 2014, R$ 154 bilhões em empréstimos. Se atingir a meta, a instituição aumentará em 14% a concessão de crédito imobiliário em relação a 2013.
Ano passado, os empréstimos concedidos pela Caixa para a compra de imóveis chegaram a R$ 134,9 bilhões. O volume ultrapassou a previsão inicial de R$ 130 bilhões.
NÚMEROS POSITIVOS
A transformação pela qual a Zona Leste vem passando, com indústrias, galpões, terrenos e casas antigas dando lugar a novos empreendimentos, traz consigo um novo perfil de interesse no mercado imobiliário. Como a evolução permanente tem sido a característica principal desta região, a necessidade de repaginar o mercado imobiliário se fez necessária com o lançamento de empreendimentos que atendam às necessidades da família grande, do casal, do solteiro, daquele que quer trabalhar onde mora, do profissional liberal, das grandes empresas e assim por diante.
Este cenário traz números muito positivos quanto ao balanço e às expectativas do mercado imobiliário para a cidade de São Paulo que, segundo pesquisas dos Dados Imobiliários de 2013 do Instituto VivaReal Brasil, é a segunda cidade mais cara no mercado de imóveis do Brasil. Ainda de acordo com o instituto, a média de aumento dos preços dos imóveis na cidade foi de 7%. Na Zona Leste este aumento de preço por m² foi maior ainda, 7,8%. O mercado de aluguel também teve seu aumento garantido no País, 8%, enquanto que na região leste da cidade este crescimento foi de cerca de 10%.
ANÁLIA FRANCO
O Jardim Anália Franco continua em alta, seu preço por m² ainda lidera o ranking do mais caro da Zona Leste. Tatuapé, Mooca, Brás, Belém e Vila Formosa também se garantem nas pesquisas. Este panorama contribui para as expectativas positivas no mercado de compra, venda e locação de imóveis mesmo com as implicações que a Copa do Mundo e as eleições majoritárias em outubro podem causar na economia. O resultado da pesquisa concluiu ainda que os consumidores e profissionais acreditam que os preços dos imóveis irão aumentar 25% neste ano, como também o volume de negócios neste segmento.