Durante a gestão do ex-prefeito Fernando Haddad, há aproximadamente cinco anos, a Secretaria das Subprefeituras, em conjunto com a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), determinou a reintegração de posse da área de estacionamento existente em frente e na lateral da sede social do Sport Club Corinthians, no Parque São Jorge. Conforme a Prefeitura, a intenção, na época, era a de incorporar o terreno ao trânsito da Avenida Condessa Elizabeth Robiano (Marginal Tietê). Assim, criaria mais uma faixa de tráfego ou implantaria vagas de estacionamento no sistema de Zona Azul.
SEM GUARITAS E CANCELAS
Entretanto, o tempo passou, mas o projeto apresentado na administração anterior ficou no papel. Aliás, o que a Prefeitura fez foi manter a Marginal separada do terreno reintegrado com pedras de concreto. Além disso, impediu que o Corinthians mantivesse guaritas e cancelas junto à entrada da área social. Ao mesmo tempo, a ação da secretaria também resultou na dispensa de agentes de segurança. Depois, a fiscalização sobre os guardadores de carro os retirou, pois eles ficavam no terreno irregularmente.
MUITOS CARROS ESTACIONADOS
Embora isso tivesse ocorrido, muitos moradores mantiveram o hábito de estacionarem seus carros no terreno. Nesse sentido, a diferença é a de que agora o local não possui nenhum tipo de vigilância. Desse modo, quem decide parar o seu veículo no espaço, seja sócio do clube ou não, corre o risco de ser furtado. Tanto pode perder o carro, como rodas, estepes ou objetos pessoais. Por outro lado, como uma parte do antigo estacionamento acabou ficando vazia, algumas pessoas improvisaram a pintura de uma pista de caminhada no piso.
DÍVIDA DE R$ 20 MILHÕES
Ao propósito, o Blog do Perrone publicou na última quinta-feira, dia 25, que a Justiça determinou ao Corinthians o pagamento de cerca de R$ 20 milhões à Prefeitura. Isso porque o clube usou a avenida como estacionamento durante décadas. Segundo o blog, o clube deve recorrer.
DEVOLUÇÃO DA ÁREA
Assim também, segundo o espaço de informação esportiva, a juíza Luiza Barros Rozas Verotti homologou laudo pericial que avaliou quanto o alvinegro deveria pagar pela utilização da área. São R$ 265.876,88 de valores locatícios pelo uso em outubro de 2019 e R$ 19.405.289,96 para o período entre 07/05/2009 e 05/06/2015. Além disso, o clube ainda terá que pagar sucumbências e honorários. A quantia total deve superar os R$ 20 milhões. Em 2010, a Justiça já havia condenado a agremiação a devolver a área e a indenizar a Prefeitura, deixando a definição do valor para a fase de execução, iniciada em 2017.