Quem está interessado em investir em uma casa ou apartamento, pode mudar os tradicionais planos de colocar para alugar. É isso que constatou o Sindicato do Setor Imobiliário (Secovi-SP). Durante o período de um ano, os imóveis tiveram uma valorização de 4,5% o metro quadrado, enquanto o aluguel sofreu uma desvalorização de 3%. Isso na cidade de São Paulo, uma das metrópoles que mais precisam de novos espaços para dar conta de toda a população.
Segundo especialistas, é preciso fazer um negócio baseado na valorização da região onde está o imóvel. Esse fator tem influencia total no sucesso da sua venda. Outra opção que pode servir para o investidor é alugar enquanto o imóvel não se valoriza mas, entretanto, há certeza de que essa valorização vai acontecer. E há mais vantagens: você se livra de taxas de condomínio, IPTU e contas de luz e água.
Na capital paulista, o imóvel mais procurado conta com dois quartos. A planta também influencia. É preciso analisar se o espaço dentro do imóvel é bem aproveitado, ou se apresenta tendências arquitetônicas que estão em alta. Como já foi dito, a região tem papel fundamental. Investir em zonas tradicionais, como a zona sul e a zona leste (que está em crescimento) são boas apostas.
Se você está em dúvidas, também pode seguir a seguinte dica: se houver planos de construção de linhas de metrô ou da CPTM para um futuro próximo, o valor do imóvel já aumenta. Além disso, isso é uma clara amostra de que a região escolhida vai atrair novos moradores – fazendo o negócio ficar mais fácil de acontecer. Outra região que tem se mostrado próspera é a zona oeste, na Várzea da Barra Funda. O local é conhecido por abrigar grandes galpões e terrenos. Assim, é bem provável que futuramente essa localização seja ocupada por grandes investimentos residenciais. Fique atento!
Onde comprar
As clássicas buscas através das imobiliárias sempre valem a pena, afinal pesquisar faz parte de qualquer investidor. Entretanto, se você está à procura de imóveis baratos e disponíveis em variadas regiões, o leilão online pode ser a melhor opção. Esse formato de compra tem se popularizado nos últimos anos no Brasil, devido ao aumento das inadimplências dos compradores. Eles funcionam de maneira simples e prática, mas você precisa tomar alguns cuidados.
A economia é certa: arrematar um imóvel em um leilão pode resultar em até 50% mais barato que o valor de mercado. Esse número tentador é o que tem chamado a atenção de muitos brasileiros. Ao decidir fazer esse tipo de negócio, a leitura do edital do leilão é fundamental. Nele estão todas as informações sobre taxas, condições do imóvel, pagamento do leiloeiro, preço mínimo e demais itens. Isso previne que você seja pego de surpresa por alguma conta extra.
As casas dos leilões geralmente são fonte de ações extrajudiciais. Muitas vezes, esses imóveis estão ocupados. Por isso, escolha comprar uma residência desocupada – o que vai te poupar vários problemas. Isso porque é comum o comprador ficar com a responsabilidade de retirar os moradores. Outra possibilidade é de o antigo proprietário entrar com liminares para barrar a transação e, assim, postegar a posse do bem pelo novo dono.
Outro fator a que é necessário ficar atento é se existem dívidas por parte do antigo dono. Ao comprar esse imóvel, o novo proprietário é quem assume essas contas. Nesse caso, é possível até pedir um desconto na compra. Também não se esqueça de conhecer as formas de pagamento. Alguns editais exigem quitação à vista, e existem aqueles que permitem o financiamento do valor que falta – ou seja, do saldo devedor.