A segurança no Cemitério da Quarta Parada continua ruim, segundo o morador Ocimar Lucato. Na última quarta-feira, dia 14, ele denunciou o fato da campa de sua família ter sido violada mais uma vez, sem que os suspeitos tenham sido encontrados. Lucato afirmou que todos os objetos existentes foram furtados, restando apenas as ossadas de seus familiares. “É um absurdo que, mesmo a campa estando muito próximo ao prédio da administração, ninguém veja a ação dos ladrões”, reclamou.
Ele afirmou haver muitos moradores de rua e usuários de droga nas proximidades, mas a Prefeitura não realiza trabalhos sociais para dar uma outra condição de vida a essas pessoas. “A falta dessas ações resulta em um número cada vez maior de pessoas invadindo os cemitérios para obter peças de ferro, bronze, latão e até mesmo as molduras das fotos das famílias”, avisou.
Ele disse morar no Tatuapé há 56 anos e a campa de sua família existe desde 1987. Lucato relatou que sempre ocorreram furtos e depredações, mas agora a situação parece ter saído do controle. “Não há nenhum tipo de segurança patrimonial e muito menos guardas da GCM. Os furtos são constantes e ocorrem principalmente no período noturno. Além disso, a equipe de limpeza é ineficiente”, completou.
“Dificuldades continuam”
Em maio desse ano, a assessoria do Serviço Funerário havia informado que a administração do Cemitério Quarta Parada registrava boletins de ocorrência em todos os casos de furtos identificados. Na época, o órgão relatou, também, que as peças e objetos ficavam na administração aguardando a identificação dos familiares dos sepultados para a devolução aos túmulos.
O Serviço Funerário frisou, na oportunidade, que a segurança tinha melhorado graças a uma parceria com a Guarda Civil Metropolitana (GCM), pois a mesma teria aumentado o número de rondas diárias em todos os cemitérios, agências, velórios e no crematório. Pelo visto, o que a Prefeitura divulgou não confere com a realidade atual, pois, de acordo com o morador, esse é o pior momento vivido pelos familiares.