A região do Parque São Jorge vem sofrendo com o alto índice de furtos e roubos de celulares. Aliás, o maior foco dos crimes ocorre no entorno das estações Carrão e Tatuapé do Metrô ou sobre as passarelas, junto dos terminais de ônibus e nas proximidades das universidades. Além desses pontos, os criminosos atuam, ainda, em ruas e avenidas de grande movimento comercial e bancário, como a Antônio de Barros e a Celso Garcia. A peculiaridade nos ataques está ligada ao fato de que os suspeitos se utilizam de bicicletas para acessar as vítimas. Geralmente, os aparelhos são subtraídos enquanto estão sendo carregados nas mãos, seja com os usuários enviando mensagens, ouvindo música ou durante uma conversa.
CRIMES DE OPORTUNIDADE
Para o delegado titular do 52º DP – Parque São Jorge, João Filogônio, os furtos e roubos de smartphones são considerados crimes de oportunidade. Ou seja, acontece quando as pessoas estão distraídas ou concentradas em alguma atividade. “Para que as investigações sejam mais consistentes, nós precisamos de informações. Quando a vítima for produzir o boletim de ocorrência, ela deve incluir no texto o máximo de detalhes que puder, principalmente as características de quem a atacou”, solicitou o delegado.
IMAGENS DE CÂMERAS
Do mesmo modo, Filogônio pediu ajuda a condomínios, empresários e moradores que tenham a possibilidade de ceder imagens de câmeras. “Por meio desses equipamentos conseguimos realizar buscas mais precisas e podemos favorecer a Polícia Militar”, explicou. Já o capitão Paulo Ivo, comandante da 5ª Cia. do 8º Batalhão da PM, afirmou que toda a ajuda é relevante, pois a mobilidade dos acusados é muito grande. “Com as bikes eles se movimentam por ruas, vielas, calçadas e as viaturas não conseguem acompanhar a dinâmica. Por outro lado, as motos podem ser mais eficientes se tivermos mais dados para trabalhar”, avisou.
ESTELIONATO
O delegado também fez questão de destacar os crimes de estelionato. Conforme ele, somente do golpe das flores há sete BOs na delegacia. “O estelionatário tem a data de aniversário da vítima e o seu celular. No dia comemorativo, o indiciado liga e diz que a pessoa ganhou um buquê de rosas. Para receber, basta pagar, com cartão, o frete de R$ 5,00. Na entrega, um motociclista chega com a máquina de cobrança, simula a falta de sinal e depois digita valores que atingem a cifra de R$ 10 mil”, contou. Com modo de operação idêntico, criminosos também utilizam uma famosa marca de chocolates.