Na última segunda-feira, 16, durante a reunião do Conseg (Conselho Comunitário de Segurança) do Tatuapé, o capitão Ricardo Alexandre Marins de Paula, comandante da 1ª Cia. do 8º Batalhão da PM, tentou tranquilizar os moradores com relação à segurança da região, mas, ao mesmo tempo, mostrou que o bairro requer um trabalho intenso e contínuo de policiamento ostensivo.
ÍNDICES
Segundo ele, para tentar diminuir os índices de criminalidade, foram realizadas, durante bloqueio, 2.891 abordagens, quando duas armas foram apreendidas. Também foram vistoriados 590 veículos e 313 motos, sendo três delas apreendidas. “A Policia Militar tem feito operações e obtido resultados positivos. No caso das motos, por exemplo, mais de mil já saíram das ruas em cerca de um ano”, salientou o capitão.
DIFICULDADE
Sobre os furtos de veículos, o comandante voltou a admitir que estes são os crimes mais difíceis de coibir, pois ocorrem de maneira rápida e atrapalham a prisão em flagrante. Conforme dados da Polícia Militar, transmitidos por Marins, em agosto foram 109 furtos e na primeira semana deste mês já foram registrados 36. “Apesar dos furtos terem sido baixados em cerca de 50%, com relação à primeira semana do ano passado, a realidade ainda é complicada”, ressaltou.
MAIS ATENÇÃO
Para ele, também, muitos casos ocorrem por culpa da população que favorece a ação do bandido, seja por deixar os vidros do carro abertos, estacionar em vias públicas ou ficar conversando dentro do veículo em ruas escuras. “Mesmo assim, nós atuamos nas ruas mais críticas como Antonio de Barros, Francisco Marengo e Emilio Mallet, por exemplo, no entanto, os criminosos migram depois para as ruas próximas às estações Carrão e Tatuapé do Metrô. Cabe aos policiais ficarem saturando os locais apontados pelos Boletins de Ocorrência”, ponderou Marins.
CIENTÍFICA
A 1ª Cia. é responsável por oferecer cobertura a uma área de sete quilômetros. Segundo o comandante, este percurso é percorrido com três ou quatro viaturas. Contudo, quando alguma delas está empenhada no atendimento de um flagrante o número de carros pode cair para dois. “Em casos de acidentes, por exemplo, às vezes esperamos a Polícia Científica durante cinco ou seis horas”, comentou.