É para a cidade verticalizada, que faz do espaço tabuleiro e joga o escanteio no horizonte, que os trabalhos de Flavia Mielnik oferecem novas perspectivas. Ao flagrar e intervir nas camadas urbanas, a artista cria ilusões necessárias: planos de fundo e de futuro. O tapume que antes tapava, agora tapeia. Imagens à margem ganham atenção. A ruína, que estava à mostra, vira mostra; a obra, obra. Mas só para os olhos de hoje, nessa exposição. Pois, in loco, o ato é um carimbo insinuante, uma tatuagem provisória, um miniconto tingido na metrópole.
FLAVIA MIELNIK
Nascida em São Paulo, em 1982, é licenciada em Educação Artística pela Fundação Armando Alvares Penteado de São Paulo e pós-graduada em Arte Investigação e Criação pela Universidade Complutense de Madri. Em São Paulo, participa do grupo de estudos Fidalga, com Sandra Cinto e Albano Alfonso, e do programa de Residência Artística “Obras em Construção”, na Casa das Caldeiras. Desde 2005, Flavia participou de diversas exposições coletivas, tanto em São Paulo como no exterior, destacando a VI Bienal Internacional de Arquitetura de São Paulo (2005), a exposição “Tripé Urbano” no Sesc Pompéia (2006), e “De la oscuridad viene la Luz” no Centro Cultural Galileo de Madrid (2012). Em 2008, ganhou o prêmio Injuve de Arte Joven, exposto no Círculo de Bellas Artes de Madrid, em distintos Centros Culturais da Espanha e da América Latina.
SERVIÇO
“Flavia Mielnik”. Até 20 de julho na TAG Gallery (Rua Gonçalo Afonso, 99, Vila Madalena).
De terça-feira a sábado, das 11 às 20 horas.
Entrada gratuita.
Mais informações nos telefones: 2362-6888 e 2368-9361.