Sr. redator:
“Boa tarde, tenho 57 anos, e sou proprietário de uma borracharia na Avenida Itaquera, 67, Parque Maria Luíza. Comprei esse terreno há 20 anos e nunca ninguém falou nada que eu não poderia trabalhar ali, pois de lá tiro o sustento da minha família.
Agora, veio até a minha borracharia um fiscal da Subprefeitura Aricanduva/Formosa/Carrão falando que eu teria 5 dias para sair. Eu não entendi o motivo e estou indo atrás para ver o que posso fazer, pois não tenho condições financeiras para comprar em outro lugar.
Estou muito preocupado, pois não sei mais o que fazer com tudo isso. O homem da Prefeitura pediu para eu tirar minhas coisas em 1 semana, se não ele iria levar embora com o caminhão.
Como pode alguém que trabalha há mais de 20 anos no mesmo local ter que sair assim de uma hora para outra? Fui até a Subprefeitura para pedir mais uns dias para trabalhar e fui maltratado. Me disseram que não, pois eu teria que sair. Pago todos os meus impostos e tenho firma aberta neste local.”
Valdir Paulino
SUBPREFEITURA AFIRMA QUE TERRENO É ÁREA PÚBLICA
Na última quarta-feira, 31, a Subprefeitura Aricanduva/Formosa/Carrão informou que Valdir Paulino recebeu uma primeira notificação em 31 de julho deste ano, solicitando a apresentação de um documento comprobatório da regularidade do espaço. No entanto, o mesmo não foi apresentado.
A partir daí, o comerciante foi avisado, pelo agente vistor, com base no decreto 48.832/2007 que, caso não apresentasse a documentação, teria de deixar o local imediatamente, por se tratar de uma área pública.
A Subprefeitura negou a informação de Valdir, do mesmo ter sido mal atendido. Até porque, segundo ela, quando a fiscalização esteve no local, a primeira vez, já poderia ter retirado tudo o que está lá, porém deu cinco dias de prazo. Por fim, a Subprefeitura avisou que o processo está em andamento e o comerciante pode ser removido a qualquer momento.
