Preocupada com o andamento das obras nos estádios que vão receber os jogos da Copa de 2014, a Federação Nacional dos Engenheiros (FNE) alerta para a falta de engenheiros no Brasil. “O País precisa formar 60 mil novos profissionais por ano para atender o crescimento e a demanda dos grandes eventos esportivos”, afirmou o presidente da entidade, Murilo Celso Pinheiro.
De acordo com relatório divulgado pelo Ministério do Esporte, faltando pouco menos de dois anos para a Copa de 2014, seis das 12 arenas ainda estão longe de ficarem prontas. Entre os estádios que ainda não atingiram metade do cronograma estão os de Cuiabá (47%), Curitiba (45%), Manaus (44%), Natal (30%), Porto Alegre (33%) e São Paulo (48%). A previsão de entrega destas obras é de entre junho e dezembro de 2013.
O Censo de Educação Superior (Inep/MEC), revela que o Brasil formou 38 mil engenheiros em 2010, porém será preciso atender o crescimento da economia, as obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e os grandes eventos, como Copa das Confederações, Copa de 2014 e Olimpíadas.
Segundo a FNE, mais de 100 mil alunos entram nos cursos de nível superior de engenharia, mas apenas 30 mil se formam a cada ano. O presidente da FNE estima que existam atualmente no Brasil cerca de 500 mil profissionais na ativa, número pequeno para a demanda. Este problema nacional tem explicações que vão desde a velocidade do crescimento econômico no País até a evasão nas faculdades.
As obras prioritárias para a realização dos jogos no Brasil incluem também melhorias nas áreas de mobilidade urbana, rede aeroportuária, hotelaria, saúde, saneamento e telecomunicações, entre outras.