Aproximadamente 20 dias depois de ter retirado as pedras que estavam cimentadas sob os viadutos Antônio de Paiva Monteiro e Dom Luciano Mendes, entre o Belém e o Tatuapé, a Subprefeitura Mooca ainda não deu um novo direcionamento às duas áreas. Meses antes da colocação dos obstáculos moradores próximos aos equipamentos haviam sugerido a implantação de quadras de esporte nos espaços.
MAIS FISCALIZAÇÃO
O morador Mauricio Victoriano afirmou que, se o local fosse recuperado, iluminado e tivesse recebido traves de futebol e pintura adequada, dificilmente voltaria a ser invadido ou utilizado como área para descarte de entulho. Agora, sem nenhum projeto que favoreça uma utilização adequada, a subprefeitura terá de voltar a investir na fiscalização.
RECLAMAÇÃO DE MORADOR
Victoriano destacou que, mesmo com a ação de retirada de pedras, a Prefeitura não voltou o trabalho de suas equipes para uma horta que está abandonada em um terreno ao lado do Viaduto Antônio de Paiva Monteiro. Ele avisou que a área está propensa a gerar ratos e a reprodução do mosquito Aedes Aegypti da dengue. O pedido de limpeza tinha sido encaminhado à subprefeitura, mas não foi atendido.
DESCARTE DE LIXO E ESTUPROS
Os baixos dos viadutos sempre foram pontos de ocupações por pessoas em situação de rua. Além disso, a prática ilegal de descarga de lixo e materiais inservíveis ocorria com frequência. Como os lugares ficaram sem manutenção, a PM chegou a registrar três estupros de mulheres que foram arrastadas para os terrenos. A polícia havia pedido o fechamento dos vãos com alambrados, contudo não foi atendida.
SMADS AFIRMA QUE ATENDE
Sobre as pessoas em situação de rua, a Prefeitura relatou que a Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social (SMADS), aborda essas pessoas para oferecer acolhimento nos equipamentos da rede socioassistencial. A SMADS relatou que presta orientações à saúde, para retirada de documentação, obtenção de benefícios dos programas de transferência de renda e encaminhamento para Centros de Acolhida.
POPULAÇÃO DE RUA
Em 2019, a Prefeitura realizou o Censo da população em situação de rua. No levantamento foram identificadas 24.344 pessoas em situação de rua na cidade, e percebeu-se que a Mooca era a segunda região da capital com o maior número de pessoas nessa condição.
O OUTRO LADO
A Prefeitura, por meio da Subprefeitura Mooca, informou que para o local há um projeto de uma quadra poliesportiva, que já está em andamento. Foi realizado um processo licitatório para realização da obra, no entanto, o contrato encontra-se suspenso por até 120 dias, ou até que exista viabilidade financeira dentro do exercício de 2021.