A Secretaria da Segurança Pública firmou um convênio com o Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis Residenciais e Comerciais de São Paulo (Secovi-SP) para aprimorar a segurança nos condomínios com a ajuda do Detecta, programa de videomonitoramento desenvolvido nos Estados Unidos e adquirido pelo Estado.
A parceria tem o objetivo de implementar um programa de prevenção contra delitos cometidos em condomínios, edifícios e áreas urbanas. Para tanto, serão integradas as câmeras de segurança dos condomínios com a tecnologia do Detecta.
Além disso, o acordo de cooperação visa criar uma parceria educacional para que sejam desenvolvidas atividades do programa de prevenção junto aos usuários dos edifícios e condomínios.
O convênio permitirá a realização de orientações sobre prevenção de delitos através de palestras e distribuição de material informativo sobre o tema. As administradoras de condomínios também estimularão os condôminos a participar de reuniões dos Conselhos Comunitários de Segurança (Consegs).
A parceria terá validade de cinco anos. O convênio foi assinado pelo secretário da Segurança Pública, Mágino Alves Barbosa Filho, presidente do Secovi-SP, Flávio Augusto Ayres Amary, e pelo vice-presidente de Administração Imobiliária e Condomínios do Secovi, Hubert Gebara.
Para tirar outras dúvidas de moradores, síndicos e administradores de condomínios do Tatuapé e região, a respeito do acordo firmado, esta Gazeta entrevistou Hubert Gebara, na última sexta-feira, dia 15.
GV – Ao fazer parte do programa Detecta, da Secretaria de Segurança Pública, os condomínios terão de investir em câmeras específicas?
Gebara – Sim. Os empreendimentos serão orientados com relação às novas câmeras porque elas terão de utilizar um software específico responsável pela conexão entre os prédios e o sistema de monitoramento da Secretaria.
A secretaria irá orientar sobre o tipo de equipamento?
Sim, porque antes de qualquer integração é preciso explicar o que será feito. Os condomínios a serem escolhidos pela Polícia Militar serão consultados e a decisão de participar ou não do programa será facultativa. Antes disso, também, a PM irá analisar se as imagens captadas no entorno da quadra do prédio são relevantes para a segurança.
Os condomínios teriam aumento de custos?
Caso o empreendimento seja avaliado e aceito pela PM, a Secretaria, em conjunto com o Secovi, irá propor ao síndico a realização de uma assembleia. A partir daí, os moradores irão decidir se realizam o rateio para a implantação das novas câmeras. Nesse caso, é importante lembrar que o condomínio também acaba sendo beneficiado pelo sistema, pois a polícia estará sempre presente no local.
Haverá um tempo específico para essa adaptação dos condomínios? De quanto será?
Sim, mas ainda não sabemos exatamente o quanto. Tentaremos fazer com que o processo comece a funcionar o mais rápido possível.
Haverá treinamento específico para a operação das câmeras?
Não será necessário esse treinamento, porque a própria polícia cuidará dessa ação.
As empresas de segurança existentes nos condomínios também receberão uma orientação sobre como ajudar a secretaria de segurança?
Elas serão consultadas e claro, caso queiram participar, serão orientadas, tal qual os síndicos e condôminos envolvidos no programa.