A nova onda de casos e mortes por Covid-19 tem encontrado as pessoas ainda mais fragilizadas e abaladas mentalmente. Considerado o pior momento da pandemia, a situação atual tem gerado grande exaustão emocional tanto pelo risco de contágio quanto pela ocorrência da própria doença em pessoas próximas.
LUTO, MEDO E ANSIEDADE
O luto coletivo, o medo gerado pelo isolamento e crises de ansiedade estão entre os problemas de saúde mental que se tornaram comuns no País, que enfrenta esse segundo pico de contágio.
MANEIRAS DE AUXILIAR
Mesmo com essas dificuldades, existem maneiras de auxiliar as empresas a cuidarem da saúde dos colaboradores que precisam de suporte nesse momento, mesmo que de longe. E a psicoterapia remota é uma delas.
MOMENTO IMPORTANTE
Para a psicóloga Mariana Clark, especialista em perdas, humanização, acolhimento e prevenção de saúde mental, poder apoiar o funcionário em um momento desorganizador, se torna ainda mais importante do que nunca agora.
CAMINHOS PRODUTIVOS
“Dar aos funcionários, de todos os setores e ambientes de uma empresa, acesso a psicoterapia remota, como suporte psicológico confidencial pode ser considerado parte do dever de cuidado do empregador. Dar caminhos produtivos afetuosos e ser mais tolerante com o sofrimento humano faz com que a organização funcione como reguladora de questões emocionais o que diminuirá substancialmente as chances de adoecimentos mentais e emocionais”, ressalta.
APOIO A FUNCIONÁRIOS
A psicóloga observa que um funcionário pode ser capaz de cuidar e aliviar possíveis estresses e com isso melhorar a própria saúde física e mental, ao tempo que aumenta a qualidade de vida, o que pode ocasionar um impacto profissional mais contundente e positivo como um todo. “A terapia remota pode atuar de forma a apoiar os funcionários a descobrirem o próprio caminho de autoconhecimento e de responsabilidade frente às adversidades da vida”, diz.
ENTENDER O INDIVÍDUO
Segundo Mariana, é preciso entender o indivíduo em integralidade dele, compreender que são seres humanos únicos e capazes de entregar aquilo que se comprometeram, ao mesmo tempo olhar para o contexto organizacional e acreditar que se pode amparar as dores e endereçá-las, com a devida responsabilidade compartilhada.
PAÍS MAIS ANSIOSO
Levantamento feito pela Organização Mundial de Saúde (OMS) destacou que o Brasil já era o país mais ansioso do mundo, mesmo antes da pandemia do novo coronavírus, com cerca de 18 milhões de brasileiros convivendo com o transtorno. Além disso, estudo da Universidade do Estado do Rio de Janeiro constatou que houve crescimento de 80% nos casos de ansiedade entre os brasileiros durante a pandemia.