Ebola é uma doença causada por um vírus cujos sintomas iniciais incluem febre, fraqueza extrema, dores musculares e dor de garganta, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). À medida que a doença avança, o paciente pode sofrer de vômitos, diarreias e – em alguns casos – hemorragia interna e externa. Pacientes com a doença podem morrer de falência múltipla dos órgãos ou desidratação; variedades diferentes da doença podem matar entre 50% e 90% dos infectados. Os primeiros seres humanos infectados e que espalharam a doença provavelmente caçaram e comeram um animal infectado.
CONTÁGIO
Entre humanos, o vírus pode se espalhar por meio do contato direto com sangue contaminado, fluidos corporais ou órgãos do doente, ou mesmo por meio do contato com ambientes contaminados. Até funerais de vítimas de ebola podem representar risco, se outras pessoas tiverem contato direto com o corpo do defunto. O período de incubação pode demorar de dois dias a três semanas e o diagnóstico é difícil.
O SURTO
Este já é considerado o maior surto desde que o vírus ebola foi descoberto há quase 40 anos. O surto foi declarado em março, na Guiné. Desde então, a doença se espalhou para a Libéria, Serra Leoa e Nigéria e matou 60% dos infectados. São 1.323 pessoas infectadas e 887 mortes, segundo o último balanço da Organização Mundial da Saúde (OMS). Cerca de 60 mortes foram de trabalhadores de saúde que procuravam controlar a doença.
NO BRASIL
O ministro da Saúde, Arthur Chioro, e o secretário de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa, concederam no dia 10, entrevista coletiva sobre o paciente classificado como suspeito de infecção por ebola no País. Trata-se de um homem, vindo da Guiné, que chegou ao Brasil no dia 19 de setembro. Ele deu entrada na Unidade de Pronto-Atendimento Brasília, em Cascavel (PR), relatando febre. O paciente seguiu, na manhã do dia 10, para o Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas, que funciona dentro da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro, referência nacional para casos de ebola. Até o fechamento desta edição a confirmação ou não da suspeita de ebola ainda não havia sido divulgada.