Sr. redator:
“Com relação à matéria veiculada na edição 1936 sobre ‘bares do Tatuapé’, o problema é mais crônico.
Na região do Parque São Jorge, além da venda aberta de bebidas alcoólicas a menores, o consumo de entorpecentes virou uma rotina. Moro na região há 45 anos e, a cada dia que passa, vejo os ‘nóias’ usando drogas, abordando os motoristas e pedestres e fazendo uso de entorpecentes dentro de um posto de gasolina na Avenida Celso Garcia, durante toda a noite.
Já fiz denúncia no 181 há pelo menos 1 ano e nada acontece. Vez por outra vejo uma viatura no bar da Rua Urumajó, porém, os policiais estão apenas conversando com os clientes do local.
Patrulha ostensiva? Isso é realmente uma piada. A polícia só aparece quando há mortes ou reportagens próximas. Dá para contar nos dedos as viaturas que vemos na região, que compreende a Avenida Celso Garcia entre as ruas Luiz do Paço e Antonio de Barros.
Já na Praça José Giudice, que dá acesso à estação Carrão, há menos de 100 metros do 52º DP, o consumo de drogas está presente durante todo o dia, graças aos internos da Fundação Casa que lá habitam e à noite, devido aos estudantes da Unicid.
Na Rua Cesário Galeno, em frente a Unicid, além do consumo de drogas, existem inúmeros bares que colocam suas mesas na calçada de forma irregular e o consumo de bebidas alcoólicas por menores está cada dia maior, além do som dos carros no último volume, atrapalhando quem mora na região e principalmente quem quer estudar.
A polícia? Nunca passa ali.”
Alcyr Bardahl
