Na última segunda-feira, dia 18, durante reunião do Conseg do Tatuapé, a delegada titular do 30º DP, Ana Lúcia de Souza, alertou os moradores sobre um novo tipo de golpe que está sendo aplicado pelos bandidos.
COMO FUNCIONA
Segundo ela, estelionatários, com acesso a informações de clientes de agências bancárias, telefonam para as casas das pessoas, geralmente com mais de 60 anos, como se fossem gerentes dos bancos. Quando a vítima atende, os suspeitos, que estão de posse de nome completo e números de documentos, perguntam se ela é correntista, pois acabaram de fazer uma compra e a mesma precisa ser cancelada com urgência.
SEQUÊNCIA
Mas, para isso, a pessoa necessita bloquear o cartão e fazer, de próprio punho e assinada, uma carta dizendo não reconhecer a compra. Logo em seguida, o falso funcionário oferece mais uma “ajuda”. Ele avisa que um motoboy vai até a casa do correntista para retirar o cartão com a senha para poder cancelá-lo, além da carta.
OITO CASOS POR DIA
Após concluído o plano, os bandidos usam o número do cartão e falsificam a assinatura da pessoa para efetuarem empréstimos consignados. A delegada contou que chega a registrar até oito boletins de ocorrência por dia relacionados a esse tipo de manobra. “Existem casos nos quais as pessoas prejudicadas chegam a perder até R$ 20 mil”, frisou. Ana Lúcia também fez questão de avisar que os bancos não ressarcem os clientes diante desse tipo de situação. “Isso porque o trato foi de comum acordo e a pessoa entregou as informações de livre e espontânea vontade, sem ser coagida”, completou.
OUTROS CRIMES
Em escala muito menor, a titular do 30º DP informou que, de vez em quando, ainda registra casos nos quais as pessoas colocam o envelope com dinheiro no caixa eletrônico, mas o valor não cai na conta. Ressaltou, também, as situações de pessoas mais idosas que se deixam ser “ajudadas” na hora de realizar uma operação nos caixas fora da agência, principalmente nos fins de semana, quando não há como reclamar.
APOIO À DELEGACIA
“As pessoas podem e devem procurar a delegacia para se informar e também ajudar a polícia quando perceber a ocorrência desse tipo de ação dentro dos bancos. É importante para nós obtermos detalhes que, às vezes, só são obtidos pelo correntista no local, como dias e horários preferidos pelos estelionatários, características físicas e marcas no corpo como cicatrizes e tatuagens. Tudo isso torna o trabalho dos investigadores mais direto e eficaz”, explicou Ana Lúcia.