O Córrego Maranhão, um dos mais importantes do Tatuapé, acaba de ganhar um projeto criado pelo estudante de gestão pública Deusdédit Bento Mioto. O plano, que será apresentado à Prefeitura, propõe a implementação de um sistema adequado de drenagem urbana no córrego com a finalidade de beneficiar mais de mil famílias na Vila Moreira.
PERCURSO DA OBRA
A ideia é a de que a proposta de drenagem tenha início à esquerda da Rua João Penteado, percorrendo um trecho de aproximadamente mil metros, passando sob a Rua Arnaldo Cintra e finalizando na foz do rio Aricanduva.
RECURSOS DE R$ 3 MILHÕES
De acordo com o estudante, para a implementação desta política pública, serão necessários recursos na ordem de R$ 3 milhões. A origem dos recursos será proveniente do Fundo de Desenvolvimento Urbano – Fundurb.
LEI DE DIRETRIZES
Mioto aponta que os recursos destinados à obra estarão previstos no Plano Plurianual 2022-2025, na Lei de Diretrizes Orçamentárias 2022 e na Lei Orçamentária Anual 2022 da Prefeitura. O projeto será alocado na Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana e Obras, dentro do programa de drenagem de córregos.
BENEFÍCIO DE QUASE 100%
Dentre os moradores beneficiados estarão os que residem no entorno do córrego, em ambos os lados, inclusive os que estão na Comunidade Pau Queimado, ocupando habitações de pequeno e médio porte, moradias precárias e insalubres. Ou seja, serão beneficiados cerca de 100% dos moradores e, indiretamente, motoristas e pedestres usuários da Rua Arnaldo Cintra e da Avenida Condessa Elizabeth de Robiano.
ENTREVISTAS COM MORADORES
O estudante afirmou que a criação do projeto surgiu a partir de entrevistas com moradores residentes às margens do córrego, bem como da comunidade. Com as informações, Mioto percorreu as ruas afetadas pela falta de drenagem e percebeu que a elaboração de um plano poderia resolver em médio prazo a situação dos moradores, uma vez que os projetos para a remoção, urbanização ou canalização do córrego ainda não estão em pauta para a região. Além disso, segundo ele, o terreno onde está assentada a comunidade é uma propriedade particular, o que dificulta o processo.
ACÚMULO DE RESÍDUOS
O documento alerta que, durante a estação das chuvas, as águas que descem pelo córrego, em direção ao rio Aricanduva e posterior vazão no rio Tietê, ficam represadas por causa da falta de limpeza e retirada de entulhos. O acúmulo de resíduos ou assoreamento é o principal responsável pelas inundações na Rua Arnaldo Cintra, na direção da Avenida Condessa Elizabeth de Robiano. Conforme Mioto, no período de estiagem formam-se grandes poças de água estagnada, passíveis de provocar doenças, tais como: hepatite, leptospirose, febre tifoide, além de causar mau cheiro que exala por toda a região da comunidade.
DIVISÃO EM ETAPAS
De acordo com a proposta, para o melhor desenvolvimento da obra ela deverá ser dividida em etapas, ou seja, em cinco trechos de 200 metros. Cada um deverá ser executado, em média, entre 25 a 30 dias. As escavações e a abertura de valas para assentamento das canalizações serão feitas de forma manual e de acordo com o alinhamento topográfico. Nesse caso, terá de ser levado em consideração a necessidade de cálculo para o esgotamento da água até o rio Aricanduva.