No ano passado, o vereador Toninho Paiva destinou, por meio de emenda parlamentar, R$ 147,5 mil para a reforma da estátua “Ubirajara”, de Francisco Leopoldo e Silva, localizada no Largo Ubirajara, no Belém. Outros R$ 28 mil, também autorizados por ele, foram direcionados à obra “Pátria e Família”, homenagem a Olavo Bilac, instalada na Praça José Moreno, no Tatuapé. Na oportunidade, Alice Américo, coordenadora do Núcleo de Monumentos e obras artísticas do Departamento de Patrimônio Histórico (DPH), foi direcionada a acompanhar os trabalhos de recuperação.
TÉCNICO
Na época, Claudemir Ignácio, da empresa Júlio Moraes Conservação e Restauro, declarou que o movimento do trânsito fez surgir fissuras e algumas rachaduras na obra “Ubirajara”. Ele relatou que a base do monumento era oca e isso colaborou para o deslocamento da estrutura. Por conta disso, o técnico afirmou que iria preencher a base com concreto para ficar mais firme. Segundo Ignácio, mesmo com a vibração, a estátua estará mais firme para suportar o tráfego.
COR REVIGORADA
A peça “Pátria e Família” teve a cor revigorada pela limpeza e pela aplicação de grafite. Antes, a obra passou pela retirada de uma pichação. Em seguida, a estátua recebeu um jardim ao seu redor e uma placa de identificação de granito.
HISTÓRIAS
O Monumento Olavo Bilac é formado pelo “Pátria e Família”, “Pátria”, “Olavo Bilac”, “Via Láctea”, “Caçador de Esmeraldas”, “Escoteiro” e o “Beijo”. De todo o conjunto escultórico, apenas a peça “Via Láctea” segue no depósito da Prefeitura.
UBIRAJARA
A obra representa a vitória de Jaguaré sobre o guerreiro tocantin Pojucã. Após a vitória, Jaguaré passou a chamar-se Ubirajara (“senhor da lança”). O episódio é descrito no romance homônimo de José de Alencar, escrito em 1874 e que integrou um movimento de valorização e idealização do índio na literatura brasileira.