Moradores do Parque São Jorge voltaram a criticar a postura da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) na região. Desta vez eles questionaram o fato de alguém ter obtido a autorização para colocar um carro de som atravessado na Rua Antonio Macedo, em frente à Unip. Antonio Batista, por exemplo, disse que as músicas, variadas, foram tocadas acima do limite de decibéis permitidos pela Prefeitura até as 22 horas. Segundo ele, os organizadores não se importaram se a universidade estava em período de provas ou de vestibular, ou se os moradores estavam dispostos a conviver com a agitação.
PREOCUPAÇÃO
Outro vizinho ao endereço se disse indignado por conta daCET ter autorizado os organizadores do “evento” a simplesmente fecharem a rua em detrimento de suas vontades. Batista completou dizendo ter achado estranho que, para um carro de som, deveriam ter sido mobilizadas pelo menos umas 500 pessoas para seguir o “trio”. Omorador ressaltou ter ficado surpreso, pois havia, no máximo, 150. “Outra preocupação de minha parte se relaciona com o provável retorno desse tipo de festa na rua, visto que tudo estava ocorrendo dentro das regras estabelecidas pela Prefeitura”, avaliou.
PANFLETO
Batista afirmou ser injusto realizar um evento daquele porte sem prévio aviso. A única informação sobre o encontro estava registrada em um panfleto distribuído na rua constando, inclusive, o símbolo da Prefeitura e as liberações por parte da Companhia e GCM.
AVERIGUAÇÃO
Sobre o assunto, Rogério Martins, presidente do Conseg, adiantou que iria averiguar junto à Prefeitura, nos órgãos competentes, se realmente o carro de som tinha autorização e se o responsável pela organização tinha a documentação necessária para fechar uma via como a Antonio Macedo, que recebe um grande fluxo de veículos vindos da Marginal do Tietê. “É melhor verificar os fatos agora, antes de outro ‘organizador’ se aventurar e prejudicar moradores, estudantes e motoristas”, avisou.
O OUTRO LADO
A partir de todos os relatos apresentados, o representante da CET no Conseg, declarou que, antes da autorização dos técnicos de trânsito, a própria Prefeitura já havia emitido um documento viabilizando o encontro dito cultural. “Nesse caso, a Companhia faz o acompanhamento do grupo para que não haja acidentes ou atropelamentos”, concluiu. Já o inspetor Amaro, da Guarda Civil Metropolitana, afirmou também ter ciência do evento, mas reforçou o argumento de ter de respeitar a prerrogativa da secretaria, responsável pela liberação.