A Secretaria de Estado da Saúde prorrogou a campanha de vacinação contra Influenza (gripe) para a população acima de seis meses por mais 30 dias, com data prevista para encerramento no próximo dia 30. A cobertura vacinal no Estado está em 32,9%, com apenas 6,1 milhões de doses aplicadas. A meta é de 90%.
SECRETARIA
A gripe geralmente causa apenas febre, espirros, nariz congestionado, cansaço e dores no corpo, mas casos mais graves podem afetar as crianças menores de 6 anos de idade, idosos, gestantes e pessoas com comorbidades, podendo levar até à morte. Apenas este ano, a secretaria já registrou 86 óbitos decorrentes de casos graves causados pela infecção dos diversos tipos de vírus da Influenza. A vacinação é eficaz em evitar a evolução da doença para os quadros mais graves.
CASOS REGISTRADOS
Em 2022, foram registrados 3.116 casos de gripe em que foi necessária a hospitalização do paciente e 339 mortes. Neste ano, foram registradas 1.257 hospitalizações até a quarta semana de maio. No mesmo período do ano anterior, foram contabilizadas 1.653 internações e 250 óbitos.
IMUNIZAÇÃO SEGURA
A vacina, desenvolvida pelo Instituto Butantan, é segura e eficaz. Como o vírus tem alta capacidade de mutação e muda suas características ao longo do tempo, é preciso se imunizar todos os anos. A cepa do vírus H1N1 usada este ano, por exemplo, é diferente da que foi usada para produzir os imunizantes no ano passado.
TRÊS CEPAS
Produzida com vírus inativados das três principais cepas em circulação no hemisfério sul, a vacina faz com que o organismo produza anticorpos contra a infecção e estimule a memória das células para que elas aprendam a lidar com o vírus. Menos de 10% das pessoas que recebem a vacina desenvolvem febre, mal-estar e dores musculares. Geralmente, quem desenvolve esses sintomas está recebendo este tipo de imunizante pela primeira vez. Reações alérgicas são consideradas raras.
GESTANTES
Para as gestantes, a vacina não apresenta qualquer risco diferente do que para o resto da população e, além dos benefícios para a mulher, estudos apontam que a proteção contra o vírus Influenza foi superior a 60% nos primeiros seis meses de vida dos bebês de mães vacinadas.