A Câmara Municipal de São Paulo aprovou o orçamento para 2025 com 42 votos favoráveis e 11 contra. O texto vai para sanção do prefeito Ricardo Nunes (MDB). Com R$ 125,7 bilhões distribuídos entre secretarias, subprefeituras e órgãos, esse é o maior orçamento da história da capital. Na peça, as pastas da Educação (R$ 22,9 bilhões), Saúde (R$ 21,6 bilhões) e Mobilidade e Trânsito (R$11,1 bilhões) serão as mais robustas da gestão.
No que diz respeito às subprefeituras, seguem como as mais beneficiadas a da Sé, com uma dotação de R$ 132.064.593, seguida de São Mateus (R$ 78.621.466) e da subprefeitura de Perus (R$ 70.765.598). Essa última inclusive, foi a que mais viu seu orçamento aumentar, com uma variação de 149% se comparado com os R$ 28 milhões que tinha nesse ano.
Pastas mais robustas, a secretaria da Educação viu seu recurso aumentar em R$ 781,1 milhões para 2025, ou 3,54% a mais do que neste ano, enquanto a pasta de Saúde, que tinha R$ 17,8 bilhões em 2024, viu o orçamento subir para R$ 21,6 bilhões.
A proposta da Prefeitura também previa um orçamento de R$ 3,3 bi para a Secretaria de Habitação, um valor menor do que o aplicado neste ano, de R$ 3,7 bilhões. A Câmara, no entanto, conseguiu aumentar a verba para a pasta em R$ 802 mil, garantindo um saldo final de R$ 4,1 bilhões.
Outra pasta que foi beneficiada pela atuação dos vereadores foi a de Segurança Urbana, que dos R$ 1,45 bilhão proposto pelo prefeito no projeto original, terá o orçamento de R$ 1,52 bilhão para 2025, um acréscimo de 5,5%. A secretaria da Cultura, que teve R$ 711 milhões em 2024, terá no próximo ano R$ 819 milhões em caixa.
Perderam na proposta enviada pelo prefeito a pasta de Mobilidade e Trânsito, que teve uma redução de R$132,4 milhões, e o valor previsto para os Encargos Gerais do Município, que teve uma redução de R$ 129,2 milhões em meio às discussões do Legislativo.
A votação foi a última com o presidente da Câmara, Milton Leite (União), na liderança da Casa. Indo para sua “aposentadoria”, o líder agradeceu os parlamentares e pediu perdão por qualquer problema durante seus anos no comando do legislativo.
Com os orçamento definido, resta saber quem ficará responsável pela administração de cada secretaria. Como mostrou o Globo, o prefeito pode mudar até metade do seu time, e nas trocas, terá que abarcar os ensejos dos 12 partidos que apoiaram sua reeleição. A pasta de Mobilidade, por exemplo, é uma que sempre teve muita influência de Milton Leite, e uma das quais o vereador planeja ter um indicado.