A Subprefeitura Mooca anunciou que, no domingo, dia 24, irá fazer a reintegração de posse na área em que hoje existe a Comunidade do Cimento, ao lado do Viaduto Bresser. De acordo com Renan Martins, da Coordenadoria de Planejamento e Desenvolvimento Urbano, se tudo der certo e não ocorrerem interferências externas, o local poderá ser revitalizado, após quatro anos de tentativas, pelo menos.
Martins demonstrou preocupação porque, em pelo menos duas tentativas anteriores, o padre Júlio Lancellotti, da Pastoral Povo da Rua, obteve liminar da Justiça, que barrou a ação. Na época, ele alegou que a Prefeitura não havia oferecido nenhum tipo de garantia habitacional e que a maioria das pessoas iria para a rua.
“Preocupação de motoristas”
Segundo a Prefeitura, boa parte dos moradores cadastrados foi levada para albergues ou recebeu o auxílio aluguel para deixar o terreno. A secretaria de assistência social (SMADS) informou que as pessoas também recebem apoio todos os dias.
Os barracos de madeira ocupam uma praça, a lateral de toda a passarela que dá acesso à travessia do viaduto e a Rua Pires do Rio. As moradias irregulares têm preocupado motoristas que passam pela Avenida Radial Leste, além de estudantes e passageiros, que descem em um ponto de ônibus bem próximo à ocupação.
A SMADS relatou que um grupo de trabalho discute periodicamente alternativas de atendimento para as pessoas situadas na área. Conforme dados da entidade, até o primeiro semestre de 2018, aproximadamente 200 pessoas estavam morando nos barracos. Há três anos, a Prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Habitação, cadastrou e incluiu quase 300 famílias no programa de atendimento provisório com a concessão de auxílio aluguel pelo período de dois anos.