A ciclofaixa existente na Rua Tobias Barreto, entre a Avenida Álvaro Ramos e a Rua Uriel Gaspar, no Belém (cerca de 600 metros) gera reclamações pelo fato dela não estar integrada com outras no sentido do Tatuapé. Na verdade, a Prefeitura se deteve, por enquanto, a criar alternativas aos ciclistas que seguem em direção à Mooca. Mesmo assim, mesclou ciclofaixas com ciclorrotas. Na primeira opção, um pouco mais segura, por conta dos tachões de divisão de pista e a pintura vermelha, o município criou caminhos pelas ruas Siqueira Bueno e Serra da Bocaina.
Depois, o usuário de bicicleta passa por um pedaço da Álvaro Ramos levando a bike sobre a calçada, retornando mais à frente na Tobias Barreto.
PONTE ESTAIADA
Para fechar um circuito, que só vai até a ponte estaiada do Complexo Padre Adelino, a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) implantou o sistema de ciclorrotas, nas quais são pintados desenhos de bicicletas nas faixas também destinadas aos veículos. Elas estão na Rua Tobias Barreto, entre a Avenida Álvaro Ramos e a Rua Serra de Jairé; na Padre Adelino, entre Uriel Gaspar e Serra de Jairé; e Serra de Jairé, entre Padre Adelino e Rua Doutor João Batista de Lacerda.
CICLORROTAS
No caso das ciclorrotas, em particular, bem menos ciclistas se encorajam a circular por elas. Isso porque as mesmas são destinadas a pessoas com mais experiência em andar de bicicleta em meio a carros, motos, ônibus e caminhões. Com isso, trabalhadores que se utilizam desses caminhos como meio de transporte, ou famílias que os usam para o lazer, preferem as ciclofaixas, apesar delas também oferecerem algum perigo em determinados pontos.
FAIXA EXCLUSIVA
Um dos exemplos está na Rua Tobias Barreto, pouco antes da Uriel Gaspar. Neste local, há um ponto de ônibus cuja faixa exclusiva corta a ciclofaixa, exigindo atenção redobrada do ciclista, pois muitas vezes tanto o ônibus quanto quem está de bike precisam ocupar o espaço direcionado ao transporte coletivo.
PLACAS
Com relação à falta de continuidade da ciclofaixa, ciclistas ficaram tristes ao verem duas placas no fim da Tobias Barreto. A primeira determinando o final da ciclofaixa e a outra pedindo para que a pessoa continuasse o caminho, no sentido do complexo viário ou Avenida Salim Farah Maluf, desmontado da bicicleta. No entanto, o lugar indicado pela Prefeitura para que o ciclista percorra a pé é praticamente deserto e com pouca iluminação para os “aventureiros” da noite.
SEGURANÇA
Diante dos fatos, o morador e ciclista César Martins analisou as situações do ponto de vista da segurança. Segundo ele, transitar fora das ciclofaixas é um risco desnecessário, portanto, instalar ciclorrotas no percurso não faz sentido quando se fala em crianças e idosos. “Outra questão está relacionada à possibilidade do ciclista ser assaltado enquanto leva a bicicleta a pé. Será que é tão difícil a Prefeitura entender o risco para trabalhadores e moradores da região?”, perguntou Martins.
PARTICIPAÇÃO
Conforme o ciclista, o modelo precisa ser aprimorado, inclusive com uma participação maior dos moradores na definição dos percursos, proteção aos usuários e funcionalidade, com mais bicicletários e campanhas de segurança, como uso de capacete, luvas e outros acessórios importantes.