A Secretaria Municipal de Cultura, anuncia a mostra “As Crespas” em equipamentos culturais municipais. Sobretudo ao longo de vários dias, o projeto que celebra a arte negra por meio de diversas linguagens artísticas apresenta ao público 22 atividades artísticas, realizadas por 11 coletivos teatrais e artistas independentes. Além disso, a manifestação integra as celebrações do Mês da Consciência Negra e permanece em cartaz até o próximo dia 29.
CIA. OS CRESPOS
“As Crespas” são encontros e intercâmbios entre artistas para discutir diversos âmbitos da arte negra. Assim, desde 2017, reúne artistas pretos para discutir diferentes temas, para fomentar a arte e cultura negra para o público em geral e seus artistas. Idealizado pela Cia. Os Crespos, o projeto já acontecia em diferentes dias da semana, como as “Terças Crespas”, realizada em parceria com o Centro Cultural São Paulo e indicada ao Prêmio Aplauso Brasil na categoria destaque, em 2021. Dessa maneira, “As Crespas”, cresce e ganha sua primeira Mostra, na qual diferentes linguagens como teatro, dança, circo, música e literatura estão espalhadas pela cidade.
PENHA
Ademais, integram a programação os seguintes espetáculos: Nzinga e L.A.M.A., no Centro de Referência da Dança (CRD); Engravidei, Pari Cavalos e Aprendi a Voar Sem Asas e Narrativas encontradas numa garrafa pet na beira da maré, no Centro Cultural Olido (CCO); AfroJam e Dani Nega, no Centro Cultural Penha (CCP); e Desfazenda – Me enterrem fora desse lugar, no Teatro Flávio Império
TEATRO FLÁVIO IMPÉRIO
Depois, CRD – dias 17 e 18, às 20 horas. Local: Praça Ramos de Azevedo. CCO – dias 19, às 19 horas; e 20, às 18 horas. Local: Avenida São João, 473. CCP – dias 19, às 18 horas; e 20, às 19 horas. Local: Largo do Rosário, 20. Flávio Império, dia 20, às 19 horas. Local: Rua Professor Alves Pedroso, 600.
ZUMBI DOS PALMARES
Ao propósito, o dia 20 de novembro foi o escolhido para ser o Dia da Consciência Negra por ter sido a data da morte de Zumbi dos Palmares, importante líder na luta contra a escravidão no Brasil. Nesse ínterim, a ideia de usar a data como forma de reforçar a luta pela igualdade racial no país surgiu nos idos de 1970, com um grupo de jovens negros de Porto Alegre. Do mesmo modo, o momento é tido, também, como um marco para os movimentos negros brasileiros.
MARCAS NA SOCIEDADE
Similarmente, mesmo sendo reconhecido como feriado apenas em alguns estados, o dia segue sendo um momento de rememoração das lutas diárias em torno da igualdade racial. Assim, segue em busca da redução das profundas marcas que a escravidão deixou na sociedade brasileira.