Muitas pessoas gostam de falar de amor, ver filmes desse tema ou ler romances demasiadamente melosos e dramáticos, com histórias fantasiosas e exageradas de relacionamentos proibidos ou perdidos. Enfim, esses temas são atrativos para algumas pessoas e totalmente sem significado para outras.
Poderíamos até dizer que, para a maioria das mulheres, o tema amor é sempre atraente, e para a maioria dos homens é difícil e permeado por discussões racionais. Essa divergência de opiniões ao falarmos de amor tem a ver com um aspecto cultural. Os homens na sua essência são mais pragmáticos, racionais. Durante muitos séculos, os homens foram compelidos a serem guerreiros, depois soldados e, ainda, treinados para se responsabilizarem por sua família tanto no sustento, quanto na proteção. As mulheres, em essência, precisam ser acolhedoras, mediadoras, carinhosas e amorosas. Não foram criadas para lutar e sim para pacificar.
Tudo é uma troca. O homem, o herói, luta pela mocinha, supera todos os obstáculos para conquistá-la e ela, em troca, por amor e gratidão, se submete a ser companheira e parceira de todas as horas. Isso é mais um romance piegas? Não, isso representa o arquétipo de uma relação a dois, onde a troca é perfeita e não é questionada. Por amor, existe cumplicidade em vez de competição, compreensão em oposição à cobrança desmedida, vontade de estar junto no lugar da distância e da obrigação de realizar a vida.
Este arquétipo existe a priori, e todo arquétipo tem seu potencial para se realizar na vida humana. Mas nem sempre as pessoas conseguem identificar isso e passam a viver segundo os moldes de uma sociedade ou de uma cultura, e não se realizam arquetipicamente, ou seja, com a sua essência, com o que existe de mais puro e nobre dentro do ser humano. E para essas pessoas, romance é algo que só existe em histórias, filmes e novelas, algo que o ser humano inventou para se enganar e esquecer o quanto a vida é dura.
Esta mensagem é para as pessoas que de alguma forma sentem que uma relação verdadeira é baseada numa troca sincera e de muito amor, respeito, cordialidade e gratidão. E, também, com muita paixão.
Marilena Augusta R. Borges Bigoto, Especialista em Psicologia Clínica e Consultora Organizacional. Sócia Diretora do ESEDES Espaço Elaborado para o Desenvolvimento da Essência do Ser. Site: www.esedes.com.br e-mail: esedes@uol.com.br Fone:2293-7493