A Avenida Aricanduva recebeu o serviço de recapeamento em um primeiro trecho, com cerca de um quilômetro, que vai da Rua Julio Colaço até as proximidades da Praça Arambare, no sentido da Marginal Tietê. A região atendida estava entre as mais críticas, por conta do volume de trânsito de ônibus, carros, motos e caminhões. Nesse ponto, os motoristas saem não só em direção ao Viaduto Engenheiro Alberto Badra, como para a Avenida Radial Leste e também no sentido do Tatuapé e Carrão. Isso porque há muitas transportadoras e empresas de entrega de pequeno porte que se utilizam da Aricanduva advindos da Avenida Jacú-Pêssego.
Apesar da reforma ter sido importante para quem passa pelo local, muitos motoristas ainda esperam por uma ação de maior impacto na avenida. Segundo eles, por ser uma via que ajuda na ligação entre cidades do ABC e Guarulhos, a Prefeitura precisaria retomar o projeto viário proposto ainda na gestão anterior. Primeiro, os corredores de ônibus seriam refeitos com base no sistema de concretagem, evitando o surgimento de buracos, as ondulações e, consequentemente, a economia na manutenção das pistas. Depois, a Aricanduva seria renovada para que, no período de chuvas, a avenida não sofresse mais com o impacto dos prováveis alagamentos durante o período de verão.
“Tráfego pesado castiga a avenida”
Por enquanto, as máquinas de fresagem e os caminhões com massa asfáltica não estão mais nas proximidades. A Prefeitura chegou a concluir todo o processo, envolvendo também a pintura das faixas de sinalização de trânsito. Porém, do primeiro trecho para trás, no sentido da Avenida Itaquera, o número de buracos ainda é grande, assim como os desníveis da pista no corredor dos coletivos. O tráfego de veículos pesados continua a castigar a Aricanduva e a recomposição asfáltica continua cada vez mais urgente.
Fernanda Paixão, que tem uma loja na Avenida Rio das Pedras, relatou que o tempo de entrega de seus produtos está cada vez maior, pois seus veículos trepidam devido os buracos e o material transportado pode ser danificado. “Caso a Prefeitura queira continuar investindo no recapeamento, várias empresas da região serão beneficiadas, já que irá gerar uma economia no setor de entregas”, lembrou. Fernanda sugeriu a parceria público privada com a participação de grupos privados interessados em propor ideias e também para diminuir o custeio ao oferecerem parte do material das obras.