A Secretaria Municipal de Serviços e Obras (SMSO) terá de herdar o prejuízo causado pelo vandalismo e prática de furtos à passarela cujo início se dá na Rua Boipeva e atravessa a Avenida Radial Leste e as linhas do Metrô e da CPTM na Cidade AE Carvalho. Criada pela Dersa SA para servir aos torcedores da seleção brasileira durante a Copa de 2014, a passagem atende, atualmente, a quem vai aos jogos da Arena Corinthians. Todavia, a mesma não pode ser usada à noite por conta das ações criminosas que retiram lâmpadas, holofotes e vidros do equipamento. A reportagem chegou a alertar, em agosto, para a possibilidade das luminárias improvisadas não durarem muito tempo. E foi justamente o que ocorreu.
Como a manutenção não vem sendo feita desde quando a passarela ficou pronta, as despesas para a recuperação estão ficando cada vez maiores, pois a secretaria terá de limpar todos os vidros que estão pichados, recolocar os que foram retirados e refazer todo o sistema de iluminação. E quando isso ocorrer, a empresa contratada terá de investir em um sistema de segurança para evitar a continuidade dos furtos. Caso o equipamento receba a ação de revitalização, a Prefeitura e o Sport Club Corinthians ainda podem empregar verbas em informação, principalmente para quem sai do metrô ou do trem e vai na direção da passarela. Não há placas informativas, seja de como chegar ao estádio ou indicando os setores para cada torcida.
Sem parte dos vidros, agora tanto a torcida, quanto os motoristas que passam pela Avenida Radial Leste, estão sem segurança. No caso de uma briga, por exemplo, ninguém sabe o que poderá ocorrer. Com relação aos veículos, uma pedra ou outro objeto pode ser arremeçado do alto, provocando um grave acidente. Em dias de chuva, a escadaria da passarela, junto à Radial, fica alagada, pois o piso é irregular e não há rede de escoamento. Ou seja, a SMSO terá muito trabalho pela frente se quiser recuperar a passagem que, em 2014, foi usada como símbolo de modernidade em engenharia.