O acordo firmado entre o prefeito Fernando Haddad e o governador Geraldo Alckmin para a construção de um Centro Olímpico no Parque Esportivo dos Trabalhadores – Anália Franco, visando a Olimpíada de 2016, foi por água a baixo. Pelo menos é o que diz a assessoria da Secretaria de Esportes Lazer e Recreação, contrariando a expectativa criada pelos dois nos moradores do Tatuapé.
OPÇÃO INICIAL
A informação foi revelada pela pasta quando a reportagem desta Gazeta a questionou a respeito do andamento do projeto e sobre a adaptação do local. Conforme a secretaria, o PET – Anália Franco foi a opção inicial para a instalação do Centro Olímpico Leste, à época (maio de 2013) a partir de uma parceria com a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).
REAVALIAÇÃO
Para a assessoria, a escolha foi natural devido à grande área disponível. Porém, durante o desenvolvimento dos estudos preliminares, a Fiesp informou sobre a mudança de planos e a necessidade de reavaliar a iniciativa. Com isso, a secretaria, afirmando que um centro olímpico de formação de atletas será importante para a Zona Leste, passou a estudar outras possiblidades. Uma delas é o espaço esportivo a ser construído na região do São Mateus.
MIL ATLETAS
Com relação ao que será feito ou construído, a secretaria relatou que o Centro, em São Mateus, terá capacidade para atender mais de mil atletas, em pelo menos dez modalidades, trabalhando de forma conjunta com o Centro Olímpico de Treinamento e Pesquisa (COTP) que fica no bairro de Moema. O projeto para o PET – Anália Franco seguiria as mesmas diretrizes, com ênfase em esportes de equipe.
SÃO MATEUS
Sobre o tempo das obras ou mudanças, o órgão da Prefeitura adiantou que para os dois casos – São Mateus e PET – pelo menos 18 meses de obras. Porém, fez questão de lembrar que, no caso de São Mateus já existe o projeto, no do PET, não.
No que diz respeito aos investimentos, a pasta afirmou que, em São Mateus, os valores estão estimados em R$ 80 milhões. Na área do Tatuapé, que seria maior e teria mais áreas indoor, cerca de R$ 150 milhões. Quanto a parcerias com empresas para promover as construções, não há nada em vista ainda.
PROFESSORES
Outra questão que não foi resolvida está relacionada ao fato de não ter ocorrido a contração de professores ligados às modalidades olímpicas. A secretaria frisou que o COTP será o responsável inicial pelos estudos de modalidades, número de atletas e de profissionais envolvidos.
Sobre seguir o Centro Olímpico do Ibirapuera como modelo, a assessoria afirmou que irá fazê-lo, porém com as adaptações necessárias para, sempre, oferecer uma demanda maior de modalidades. O Ibirapuera (COTP) tem dez modalidades, entre elas futebol feminino de campo, boxe, ginástica, natação, judô etc. Algumas, de maior demanda, podem estar também no Centro Olímpico Leste. Outras, de menor demanda, podem estar em um dos dois locais.
ESPELHO
A secretaria avaliou que o COTP pode servir de espelho por ser reconhecido como sendo o de melhor qualidade na cidade. Nele estão cerca de 900 atletas, com acompanhamento médico, material esportivo, alimentação etc. Conforme o órgão, será ainda melhor a partir dos próximos anos, quando os atletas de destaque estiverem sendo remunerados, por meio da Bolsa Atleta. Na visão da pasta, no Brasil são poucos centros com tantos atletas, tantas categorias e estrutura.