O período de chuvas está longe de acabar e moradores de condomínios precisam de soluções
As cerca de 3 mil pessoas que vivem nos condomínios residenciais Vivace Club e Vivace Park, na Rua Arnaldo Cintra, altura dos números 416 e 454, no Tatuapé, estão sendo penalizadas durante todas as chuvas que caem na região.
O córrego Tatuapé transborda e a vazão ineficiente do córrego Aricanduva também contribui para que as águas das chuvas retornem e invadam as ruas adjacentes. Apesar do Rio Tietê não ter excedido a sua capacidade nos últimos meses, o problema estrutural de falta de escoamento da água, no final da Rua Arnaldo Cintra, junto à Marginal Tietê, tem feito os moradores dos prédios perderem consultas médicas, reuniões de trabalho, aulas, entre outros compromissos.
Com os alagamentos contínuos, as pessoas têm ficado sem receber serviços como o recolhimento do lixo, em alguns momentos, limpeza de bocas de lobo e varrição. Além disso, se os moradores necessitarem de atendimento médico de emergência, as ambulâncias não conseguem chegar até as portarias dos condomínios.
“Moradores buscam soluções”
Com as péssimas condições de absorção das águas pluviais, os moradores estão ilhados e desesperados por conta dos temporais que têm caído quase todo fim de tarde na Zona Leste. A preocupação maior se volta principalmente para os mais idosos, acamados ou com problemas crônicos de saúde. Esses ficam praticamente sem a opção de serviços médicos durante as enchentes.
Condôminos estão buscando todas as soluções possíveis, sejam por meio de abaixo-assinados, ofícios entregues pelo Conselho Comunitário de Segurança (Conseg) e reuniões com a Subprefeitura Mooca. Na semana anterior, agentes da Prefeitura chegaram a retirar resíduos de dentro das bocas de lobo, porém, segundo vizinhos, todo o material foi deixado sobre a calçada, sob o risco de voltar a fechar a passagem da água.
De acordo com o presidente do Conseg Parque São Jorge, Rogério Félix Martins, os condôminos estão se mobilizando também para tentar chegar à Secretaria de Infraestrutura Urbana e Obras. O objetivo é verificar o que ocorreu no passado, período de construção dos edifícios, para encontrar uma solução agora. Para isso, as pessoas buscam um encontro com engenheiros da Prefeitura e técnicos da Defesa Civil na intenção de obter um laudo dos órgãos municipais que atestem os problemas atuais. Desta forma, eles acreditam que seja possível conseguir verbas para as intervenções, por meio de emendas parlamentares ou de empresas interessadas em participar das licitações.
Moro há 56 anos no Tatuapé. O final dessa rua era, e quando chove é, um brejo. Jamais deveriam ter construído qualquer coisa naquela baixada, muito menos um condomínio residencial.
Acho que o problema não está no fato de ter construído algo no local…. o problema é existir “o brejo” naquele local há mais de 56 anos, sem qualquer providência. É inaceitável esse tipo de situação em se tratando da maior cidade do país. Comodismos desta natureza faz com que tenhamos esses “belos gestores” em nossa cidade….