Quem desce do ônibus na Avenida Radial Leste, em frente à estação Corinthians-Itaquera do Metrô, sentido bairro, fica abismado com a situação atual do elevador que deveria servir a pessoas com mobilidade reduzida ou que utilizam cadeira de rodas. O equipamento, criado para atender os usuários do transporte público, está totalmente abandonado e propenso a causar acidentes, caso algum pedestre perca o equilíbrio na calçada e caia no buraco do elevador.
O cheiro de urina é insuportável e muitas vezes há pessoas dormindo no chão em frente a porta. Outro problema está relacionado ao fato do equipamento estar todo pichado, o que também contribui para o afastamento dos passageiros. O problema faz com que os “cadeirantes” tenham de ser empurrados pela avenida até chegarem ao Terminal Itaquera. Lá, eles ainda precisam sair em busca de informações sobre as linhas de ônibus oferecidas, já que no ponto da Radial não existem placas indicativas.
Para Rogério Torres, o risco de atropelamentos é constante, pois as pessoas mais idosas ficam sem alternativa. As opções são: atravessar a Radial ou subir uma escada com mais de 50 degraus. “É triste ver um equipamento caro e de extrema necessidade para os passageiros ser tratado dessa maneira pelo poder público. Agora terão de gastar duas vezes, já que todo o investimento feito anteriormente se perdeu”, disse.
Segundo Torres, o elevador fica à mercê do vandalismo, pois nem os agentes de segurança do Metrô avisam a PM sobre as pessoas que estão destruindo o patrimônio. “Sem a preocupação em cuidar, os moradores de rua passaram a adotar o lugar como moradia. Assim, eles deixam seus colchões, cobertores e outros objetos no chão. Como não há banheiro, as necessidades também ocorrem no mesmo espaço, provocando um mal cheiro terrível”, avisou.
Agora, os passageiros esperam pela melhoria do local onde está o equipamento para que o mesmo volte a ser utilizado como deveria. As pessoas também esperam que a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) cumpra a sua promessa de colocar correntes e gradis nas calçadas para que os passageiros tenham de caminhar até a faixa de pedestres para atravessar. Hoje, os pedestres desembarcam dos ônibus e saem correndo pela Radial, obrigando os motoristas a frearem bruscamente. “O mínimo que a Companhia de Tráfego deveria fazer é um trabalho de conscientização dos pedestres, com a distribuição de panfletos e a programação de campanhas publicitárias. Depois, seria mais fácil conter as irregularidades cometidas.