“Fora corruptos”, “Fora Dilma” e “Lula nunca mais” são as bandeiras dos grupos que se movimentam em favor do impeachment.
Em paralelo, estão aqueles que voltaram a dar apoio à petista em ato no Palácio do Planalto, no qual o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Wagner Freitas, falou em ir às ruas “de armas na mão”. Esse senhor Wagner cometeu um crime, isso chama-se incitação das massas ao crime, à morte, e o fez na frente da presidente, autoridade máxima do País. Isso é terrorismo puro e em qualquer país realmente sério, este senhor seria preso no ato, por qualquer autoridade.
É preciso saber conviver com a democracia. Não é quando se fala bem que se está com o povo; é preciso saber ouvir as críticas e prestigiar os movimentos, porque são o exercício pleno da democracia e depois, estudá-los, e não tentar calar a boca dos que expressam suas opiniões no exercício da democracia e com as “armas”.
Por outro lado, e com muita razão, os movimentos anti-Dilma já adotaram, também como alvo, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que se reaproximou do Planalto.
Na noite de quarta-feira, integrantes do MBL fizeram um ato de protesto na frente da residência oficial do peemedebista. Ele, que nunca foi “flor que se cheire”, agora começa a tirar as mangas de fora; já puxou para o Congresso a decisão sobre as contas de Dilma quando essa prerrogativa era inicialmente da Câmara. Manobra dele e de Lula junto ao STF e com a anuência de Luiz Fux, petista, que ganhou liminar nesse sentido. Um trabalho da “máquina do governo” que começa a movimentar-se.
Movimentou-se também no TSE que concedeu mais 15 dias para Dilma ganhar fôlego ao esclarecer o que não tem mais o que esclarecer, porque já se trata de fatos consumados, contas das campanhas e compra de votos.
A máquina está funcionando junto ao Janot, tanto que já foi indicado pela Dilma para reeleição, além da flagrante lentidão no processo e, até agora, não denunciou nem Dilma, nem Lula e Mercadante. O que o estaria impedindo?
A máquina funcionou fortemente no TSE, que suspendeu o julgamento, por tempo indeterminado, sobre a reabertura de ação que impugnava o mandato de Dilma, tudo no aguardo de que ela e o padrinho se recuperem e assim as decisões não lhe atingirão com tanto rigor.
Para o terrorista, presidente da CUT, Wagner Freitas, os movimentos sociais serão o “exército” que vai “enfrentar essa burguesia”. Em seu discurso, repetiu a fala de Lula e toda sua gentalha: “Recado para os golpistas: nós somos trabalhadores, trabalhamos pela democracia”.
Uma vergonha! O medo do sindicalista é perder as benesses do governo, as verbas que lhe são repassadas sem cobrança de uso das mesmas, a sustentação do padrão nota mil dos sindicatos e de seus diretores, onde ninguém investiga nada.
Agora, só nos resta esperar o resultado de todo este movimento, porque só ele será capaz de mudar o País, já que perdemos a oportunidade nas urnas. Na política e na justiça já se sabe o que vai acontecer, a máquina não deixa, mas a vontade do povo, essa é soberana e será difícil eles conseguirem sucumbir essa vontade.